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Politica Brasil
Terça - 25 de Setembro de 2007 às 20:41

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Apesar de excluído das negociações entre os líderes partidários para desobstruir a agenda de votações, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), avalizou o acordo fechado hoje entre governo e oposição. Mas foi obrigado a ceder às imposições do PSDB e do DEM: será votado amanhã o projeto de resolução que acaba com a sessão secreta para o julgamento de cassação de mandatos. Todas as conversas com os líderes da oposição e da base aliada foram feitas pelo líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), configurando o isolamento de Renan.

A oposição manteve firme a decisão de não dialogar com Renan, que passou a tarde em seu gabinete e não presidiu a sessão. Antes da abertura de processo pelo Conselho de Ética, o senador participava de todas as reuniões com os líderes partidários para acertar a agenda. Ao ceder na sessão secreta, Renan teria, na avaliação dos senadores, feito um gesto em direção à abertura do diálogo. Mas a oposição continua resistindo.

Depois que o líder do DEM, senador José Agripino (RN), listou hoje as prioridades da oposição como condição para o acordo, Jucá procurou Renan. "Está tudo acertado", disse o peemedebista, ao voltar da conversa. "Não é intenção da liderança do governo enfrentar a oposição ou enfraquecer o seu discurso", afirmou Jucá, deixando claro que o diálogo com PSDB e DEM é importante para o governo, que não tem maioria no Senado para aprovar sozinho a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

Antes de acertar com a oposição, Jucá já havia consultado os partidos aliados como PT e PMDB. Os petistas se reuniram e confirmaram a necessidade de desobstruir a pauta. "Não temos problemas com a sessão aberta para a votação de perda de mandato", resumiu a líder do PT, senadora Ideli Salvatti (SC). "A prioridade é fechar o acordo para votar", completou. Depois da votação do projeto de resolução, os líderes do PSDB e DEM vão iniciar as negociações em torno da proposta de emenda constitucional (PEC) que institui o voto secreto para a cassação de mandato.





Fonte: AE

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