<b>PR quer alcançar 20 mil filiados em MT</b>

O Partido da República lança hoje, em todo o Estado, investida para aumentar o quadro de filiados e, conseqüentemente, fortalecer lideranças políticas dentro de um projeto que prevê a ampliação do poder do partido em Mato Grosso. Numa demonstração de ocupação de espaço, a legenda se mobiliza em atos simultâneos de filiação em 140 municípios do Estado. Com o ato, a legenda quer chegar à marca de 20 mil filiados no Estado.

A exceção fica por conta do município de Várzea Grande. O movimento na cidade foi adiado em decorrência da morte do patriarca da família Campos, Júlio Domingos de Campos, 90 anos, na noite da última quinta-feira. Em Cuiabá o evento será realizado no Hotel Fazenda Mato Grosso, a partir das 8h. A articulação visa consolidar a construção de projetos próprios nos principais municípios como Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis.

Apesar do porte do movimento, o presidente estadual do PR, governador Blairo Maggi (PR), optou por não participar do evento. Segundo o assessor especial do governador, Moisés Sachetti (PR), o chefe do Executivo estadual preferiu deixar a responsabilidade dos trabalhos partidários, nesta data, a cargo dos presidentes das comissões provisórias municipais. Maggi também cobrou empenho para a celeridade das ações da legenda e dos prefeitos de Mato Grosso que integram o partido

“O governador não estará presente porque deixará para os líderes do PR e também os prefeitos a tarefa de organizar a sigla”, explicou. De acordo com o secretário-geral da comissão provisória de Cuiabá, Francisco Vuolo (PR), o partido receberá hoje a filiação de um número expressivo de pré-candidatos para o pleito de 2008. “Temos nomes que estarão compondo com o partido e que se colocarão como boas opções de candidatos para as próximas eleições”, avaliou.

Em entrevista anterior ao Diário, o vice-presidente do PR no Estado, Luiz Antônio Pagot (PR), fez um alerta para os membros da legenda. “O PR precisa dizer para que veio”, frisou. Pagot acredita que as próximas eleições servirão de termômetro para medir a força do partido em Mato Grosso. A liderança do governador Blairo Maggi sobre o PR computa pontos para a sigla. Tanto, que o chefe do Executivo estadual conseguiu arregimentar nomes expressivos da política mato-grossense que migraram para a sigla. No entanto, a maior fatia de militantes da legenda provém do PPS – ex-sigla do governador. A saída de Maggi do PPS provocou efeito cascata no partido, que ainda amarga a perda em massa de filiados no Estado.

Pagot não confirmou presença durante os atos simultâneos, já que participa de encontros do PR no âmbito nacional. Ao avaliar a posição do PR nas principais cidades de Mato Grosso, o vice-presidente da sigla chamou a atenção dos atuais gestores de Várzea Grande e Rondonópolis, respectivamente Murilo Domingos e Adilton Sachetti, ambos do PR. Segundo Pagot, o PR só vencerá nos respectivos municípios se os atuais prefeitos conseguirem mostrar para a população os resultados de uma boa administração.