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Atendimentos do Mutirão no Xingu superam expectativas
Gaúcha do Norte, MT – Às margens do rio Tuaturi, um dos afluentes do majestoso Xingu, fonte de vida para mais de cinco mil índios que habitam a região, o posto Leonardo Villas Bôas foi a base de uma importante ação social em Mato Grosso. Promovido nesta semana em uma parceria entre o Estado, a União e prefeituras de Gaúcha do Norte, Canarana e Querência, o evento mobilizou entidades e instituições para levar aos povos indígenas do Alto Xingu serviços aos quais o acesso torna-se difícil em função das distâncias.
O Mutirão da Cidadania atendeu nove etnias na mais movimentada base do Parque Nacional do Xingu. Das ações participaram os Kuikuro, Yawalapiti, Aweti, Kamayurá, Waurá, Mehinako, Kalapalo Nafukuá e Matipú, povos que em sua diversidade étnica e cultural tiveram acesso aos mais variados serviços de cidadania proporcionados pelo Mutirão
A emissão de Carteira de Identidade, junto com o Título Eleitoral e consultas médicas foram alguns dos serviços mais procurados. Para auxiliar na identificação e digitação dos nomes nos documentos, o professor Mutuá Kuikuro participou durante todo o dia dos atendimentos, atuando como tradutor inclusive. Mutuá é um dos 186 professores formados pela Unemat no programa de Educação Superior Indígena, no curso de Artes, Língua e Literatura. Ele trabalha com 90 alunos na aldeia Kuikuro de Ipatse, a maior da etnia, no município de Gaúcha do Norte, onde vivem mais de 300 índios.
“Foi muito bom poder ajudar no Mutirão e também participar, buscar serviços para mim e minha família. A iniciativa do Governo do Estado ajudou muitas etnias”, afirmou Mutuá que levou a mulher e os dois filhos ao Mutirão.
Ao lado de Mutuá, outros quatro professores formados na primeira turma da Unemat atuam em aldeias do Alto Xingu, sendo que a maior parte deles trabalha na escola do Posto Leonardo, coordenada por Amatiwana Matipú.
Airiká Kuikuro foi uma das centenas de índias que procuraram o Mutirão para solicitar documentos, como a Carteira de Identidade, “É bom vir aqui, tirar na hora o que a gente precisa”, disse.
SAÚDE
Diagnóstico de doenças oftalmológicas, como catarata, foram identificados e serão encaminhados ao tratamento, além de atendimento odontológico e aferição de pressão arterial e teste glicêmico. As consultas e atendimentos foram realizadas no Posto de Saúde e na tenda central.
O coordenador de Saúde do Posto Leonardo e do Instituto de Pesquisa Etno ambiental do Xingu (Ipeax), Ianacolá Rodarte e um dos idealizadores do Mutirão no Alto Xingu destacou a realização do evento como uma oportunidade de exercício de cidadania dos povos indígenas e apoio às ações já desenvolvidas na região. “Foi de suma importância e superou as nossas expectativas, todos participaram com muita vontade. Foi uma alegria ver a integração dos nossos povos e da equipe do Mutirão”, destacou Ianacolá.
INFRA-ESTRUTURA
A parceria dos municípios foi de suma importância na concretização do Mutirão, em especial da Prefeitura de Gaúcha do Norte, com 48% do território composto por terras indígenas. O Município amparou o Mutirão com apoio em logística de transporte e alimentação, além da realização do torneio de futebol masculino, com equipes de cinco etnias.
O apoio do Município tem ainda levado melhor infra-estrutura às estradas de acesso ao posto Leonardo e às aldeias. Para se ter uma idéia da dificuldade enfrentada, principalmente em época de chuvas, o acesso só é possível ao Parque por avião ou barco. A balsa doada pelo Governo do Estado é um dos mais eficazes meios de transporte na região, até porque tem capacidade de levar maior número de pessoas, equipamentos, veículos e mercadorias. De Gaúcha do Norte até a beira do rio Xingu, para chegar às primeiras aldeias do Alto Xingu, da etnia Kuikuro, o trajeto é leva no mínimo, seis horas, sendo duzentos quilômetros de estrada e mais duas horas de barco.
“O Município tem investido na melhoria dessas estradas que dão acesso ao Parque e está realizando, a exemplo da parceria no Mutirão, ações que possam melhorar a vida dos povos indígenas do Alto Xingu. São todos cidadãos brasileiros e para isso trabalhamos de forma integrada e com respeito”, frisou o prefeito de Gaúcha do Norte, Edson Arold Wegner.
O superintendente de Políticas Indígenas do Estado, Rômulo Vandoni Filho, destacou o Mutirão como mais um espaço de exercício pleno da cidadania indígena. “As demandas foram apresentadas pelas próprias etnias e dessa forma, o Estado e o parceiros envolvidos se mobilizaram para atender e dar a possibilidade aos povos do Xingi de exercer sua cidadania com os atendimentos aqui trazidos, como a grande demanda na parte de documentação”, destacou Vandoni.
DIVERSIDADE ÉTNICA
Berço da diversidade étnica de Mato Grosso, o Parque Nacional do Xingu é uma das maiores reservas indígenas do Brasil, que abriga 14 etnias, com mais de cinco mil e quatrocentos índios, distribuídos em 72 aldeias. No Alto Xingu está a maior parte da população do Parque, um local de difícil acesso, pelo qual só é possível chegar de barco ou avião, onde vivem mais de três mil índios, de nove etnias. Seis dos povos moram no município de Gaúcha do Norte, sendo a aldeia Kuikuro uma das maiores. O Alto Xingu é a principal base do Parque Nacional, que tem outros dois postos no Médio Xingu – o Pavuru, e no Baixo Xingu, o Diavarum.
O Mutirão da Cidadania atendeu nove etnias na mais movimentada base do Parque Nacional do Xingu. Das ações participaram os Kuikuro, Yawalapiti, Aweti, Kamayurá, Waurá, Mehinako, Kalapalo Nafukuá e Matipú, povos que em sua diversidade étnica e cultural tiveram acesso aos mais variados serviços de cidadania proporcionados pelo Mutirão
A emissão de Carteira de Identidade, junto com o Título Eleitoral e consultas médicas foram alguns dos serviços mais procurados. Para auxiliar na identificação e digitação dos nomes nos documentos, o professor Mutuá Kuikuro participou durante todo o dia dos atendimentos, atuando como tradutor inclusive. Mutuá é um dos 186 professores formados pela Unemat no programa de Educação Superior Indígena, no curso de Artes, Língua e Literatura. Ele trabalha com 90 alunos na aldeia Kuikuro de Ipatse, a maior da etnia, no município de Gaúcha do Norte, onde vivem mais de 300 índios.
“Foi muito bom poder ajudar no Mutirão e também participar, buscar serviços para mim e minha família. A iniciativa do Governo do Estado ajudou muitas etnias”, afirmou Mutuá que levou a mulher e os dois filhos ao Mutirão.
Ao lado de Mutuá, outros quatro professores formados na primeira turma da Unemat atuam em aldeias do Alto Xingu, sendo que a maior parte deles trabalha na escola do Posto Leonardo, coordenada por Amatiwana Matipú.
Airiká Kuikuro foi uma das centenas de índias que procuraram o Mutirão para solicitar documentos, como a Carteira de Identidade, “É bom vir aqui, tirar na hora o que a gente precisa”, disse.
SAÚDE
Diagnóstico de doenças oftalmológicas, como catarata, foram identificados e serão encaminhados ao tratamento, além de atendimento odontológico e aferição de pressão arterial e teste glicêmico. As consultas e atendimentos foram realizadas no Posto de Saúde e na tenda central.
O coordenador de Saúde do Posto Leonardo e do Instituto de Pesquisa Etno ambiental do Xingu (Ipeax), Ianacolá Rodarte e um dos idealizadores do Mutirão no Alto Xingu destacou a realização do evento como uma oportunidade de exercício de cidadania dos povos indígenas e apoio às ações já desenvolvidas na região. “Foi de suma importância e superou as nossas expectativas, todos participaram com muita vontade. Foi uma alegria ver a integração dos nossos povos e da equipe do Mutirão”, destacou Ianacolá.
INFRA-ESTRUTURA
A parceria dos municípios foi de suma importância na concretização do Mutirão, em especial da Prefeitura de Gaúcha do Norte, com 48% do território composto por terras indígenas. O Município amparou o Mutirão com apoio em logística de transporte e alimentação, além da realização do torneio de futebol masculino, com equipes de cinco etnias.
O apoio do Município tem ainda levado melhor infra-estrutura às estradas de acesso ao posto Leonardo e às aldeias. Para se ter uma idéia da dificuldade enfrentada, principalmente em época de chuvas, o acesso só é possível ao Parque por avião ou barco. A balsa doada pelo Governo do Estado é um dos mais eficazes meios de transporte na região, até porque tem capacidade de levar maior número de pessoas, equipamentos, veículos e mercadorias. De Gaúcha do Norte até a beira do rio Xingu, para chegar às primeiras aldeias do Alto Xingu, da etnia Kuikuro, o trajeto é leva no mínimo, seis horas, sendo duzentos quilômetros de estrada e mais duas horas de barco.
“O Município tem investido na melhoria dessas estradas que dão acesso ao Parque e está realizando, a exemplo da parceria no Mutirão, ações que possam melhorar a vida dos povos indígenas do Alto Xingu. São todos cidadãos brasileiros e para isso trabalhamos de forma integrada e com respeito”, frisou o prefeito de Gaúcha do Norte, Edson Arold Wegner.
O superintendente de Políticas Indígenas do Estado, Rômulo Vandoni Filho, destacou o Mutirão como mais um espaço de exercício pleno da cidadania indígena. “As demandas foram apresentadas pelas próprias etnias e dessa forma, o Estado e o parceiros envolvidos se mobilizaram para atender e dar a possibilidade aos povos do Xingi de exercer sua cidadania com os atendimentos aqui trazidos, como a grande demanda na parte de documentação”, destacou Vandoni.
DIVERSIDADE ÉTNICA
Berço da diversidade étnica de Mato Grosso, o Parque Nacional do Xingu é uma das maiores reservas indígenas do Brasil, que abriga 14 etnias, com mais de cinco mil e quatrocentos índios, distribuídos em 72 aldeias. No Alto Xingu está a maior parte da população do Parque, um local de difícil acesso, pelo qual só é possível chegar de barco ou avião, onde vivem mais de três mil índios, de nove etnias. Seis dos povos moram no município de Gaúcha do Norte, sendo a aldeia Kuikuro uma das maiores. O Alto Xingu é a principal base do Parque Nacional, que tem outros dois postos no Médio Xingu – o Pavuru, e no Baixo Xingu, o Diavarum.
Fonte:
Secom-MT
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/206284/visualizar/
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