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Senado teve 'falecimento ético', diz ex-assessor da presidência
BRASÍLIA - Ex-assessor especial da Presidência, o empresário Oded Grajew usou nesta quinta-feira, 20, seus minutos no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social para criticar o Senado e a falta de posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a absolvição do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Grajew chegou a dizer que pediria um minuto de silêncio ao CDES pelo "falecimento ético e moral do Senado brasileiro", mas teria mudado de idéia dado ao "clima de otimismo" da reunião.
No salão Oeste do Palácio do Planalto, pouco tempo depois do presidente sair do encontro, Grajew criticou Lula por, até hoje, não ter tomado uma posição sobre o processo que terminou com a absolvição de Renan no processo de cassação por quebra de decoro.
"Ele devia primeiro emitir sua opinião, ter a coragem de emitir a sua opinião. Dizer se ele acha que o Renan Calheiros deve se afastar, se ele é inocente. Emitir sua opinião", afirmou. "Isso não significa que o Senado não pode resolver as coisas. Acho que emitir opinião é importante para o presidente como para qualquer brasileiro".
Até agora, em todas as vezes que tratou do assunto, Lula se recusou a dizer se acredita ou não na inocência de Renan. Em Madri, chegou a dizer que não se tratava de acreditar ou não, que não era juiz e não poderia emitir uma opinião. Para o presidente, a cassação ou não do senador é um problema do Senado.
Ex-assessor especial da presidência, Oded Grajew era o responsável por tentar aproximar governo e empresas. Deixou o cargo ainda no primeiro ano, em novembro de 2003, afirmando que sua tarefa estava cumprida - mas continuou a defender o governo Lula.
Hoje, é presidente do conselho deliberativo do Instituto Ethos de Responsabilidade Social e um dos membros do CDES.
"Na última reunião do Conselho eu fiz um apelo para que todos que tenham responsabilidade no País. Todo cidadão que ama seu País, que luta pela ética na política, que tem uma visibilidade na sociedade e que tem responsabilidade com essa visibilidade, que é liderança política, tem obrigação de se posicionar em relação à corrupção no Brasil, a médio e a longo prazo, mas a curto prazo em relação à situação do presidente do Senado, Renan Calheiros", afirmou. "Devemos decretar luto oficial pelo falecimento ético e moral do Senado brasileiro".
Grajew ainda cobrou do presidente que participe mais das reuniões do Conselho, como prometeu no início do ano. Na maior parte das reuniões, o presidente aparece apenas no final, faz um discurso e vai embora. "Seria importante que o presidente ouvisse as considerações que são feitas aqui. Afinal, esse é um conselho consultivo da Presidência da República", afirmou.
O secretário-geral do CDES e ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, não quis avaliar as críticas feitas por Grajew. "O Conselho é um espaço de diálogo. Cada conselheiro tem o direito de vir aqui e dizer o que pensa", disse. "Não posso emitir juízo de valor sobre a opinião de um conselheiro".
No salão Oeste do Palácio do Planalto, pouco tempo depois do presidente sair do encontro, Grajew criticou Lula por, até hoje, não ter tomado uma posição sobre o processo que terminou com a absolvição de Renan no processo de cassação por quebra de decoro.
"Ele devia primeiro emitir sua opinião, ter a coragem de emitir a sua opinião. Dizer se ele acha que o Renan Calheiros deve se afastar, se ele é inocente. Emitir sua opinião", afirmou. "Isso não significa que o Senado não pode resolver as coisas. Acho que emitir opinião é importante para o presidente como para qualquer brasileiro".
Até agora, em todas as vezes que tratou do assunto, Lula se recusou a dizer se acredita ou não na inocência de Renan. Em Madri, chegou a dizer que não se tratava de acreditar ou não, que não era juiz e não poderia emitir uma opinião. Para o presidente, a cassação ou não do senador é um problema do Senado.
Ex-assessor especial da presidência, Oded Grajew era o responsável por tentar aproximar governo e empresas. Deixou o cargo ainda no primeiro ano, em novembro de 2003, afirmando que sua tarefa estava cumprida - mas continuou a defender o governo Lula.
Hoje, é presidente do conselho deliberativo do Instituto Ethos de Responsabilidade Social e um dos membros do CDES.
"Na última reunião do Conselho eu fiz um apelo para que todos que tenham responsabilidade no País. Todo cidadão que ama seu País, que luta pela ética na política, que tem uma visibilidade na sociedade e que tem responsabilidade com essa visibilidade, que é liderança política, tem obrigação de se posicionar em relação à corrupção no Brasil, a médio e a longo prazo, mas a curto prazo em relação à situação do presidente do Senado, Renan Calheiros", afirmou. "Devemos decretar luto oficial pelo falecimento ético e moral do Senado brasileiro".
Grajew ainda cobrou do presidente que participe mais das reuniões do Conselho, como prometeu no início do ano. Na maior parte das reuniões, o presidente aparece apenas no final, faz um discurso e vai embora. "Seria importante que o presidente ouvisse as considerações que são feitas aqui. Afinal, esse é um conselho consultivo da Presidência da República", afirmou.
O secretário-geral do CDES e ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, não quis avaliar as críticas feitas por Grajew. "O Conselho é um espaço de diálogo. Cada conselheiro tem o direito de vir aqui e dizer o que pensa", disse. "Não posso emitir juízo de valor sobre a opinião de um conselheiro".
Fonte:
Estadão
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/206423/visualizar/
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