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Meio Ambiente
Quinta - 20 de Setembro de 2007 às 14:08

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Uma parceria firmada entre vários órgãos ligados ao meio ambiente, permitirá mapear as áreas de risco de desmatamento no Estado a médio e curto prazo, permitindo a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), utilizar os dados para o planejamento de ações de fiscalização.

Os primeiros dados servirão para ações localizadas no noroeste de Mato Grosso, ainda este ano. A região foi apontada em estudo desenvolvido pelo Instituto Centro de Vida (ICV) como abrangendo as áreas de maior risco.

De acordo com o último boletim de Transparência Ambiental divulgado, no período de agosto de 2006 a julho de 2007, Mato Grosso desmatou 2.512 quilômetros quadrados. No período anterior (agosto de 2005 a julho de 2006), o desmatamento foi de 6.086 quilômetros quadrados.

Um dos pontos positivos deste mapeamento será realização de campanhas nas áreas mais críticas para a inserção das propriedades rurais no Sistemas de Licenciamento Ambiental das Propriedades Rurais do Estado (SLAPR), que possui hoje, cadastrado em sua base, cerca de 10 mil propriedades que compreendem 36% da área do Estado.

O mapeamento de risco de desmatamento foi apresentado nesta quinta-feira pelo ICV ao secretário da Sema e ao superintendente de Ações Descentralizadas (SUAD) do órgão, major Jonas Duarte Araújo, que já começará planejar as primeiras ações." Mais uma vez Mato Grosso é pioneiro em ações ambientais, e isso é possível inclusive pelo sistema de licenciamento que nós ´possuímos", acrescentou Daldegan.

MAPEAMENTO

O mapeamento do risco de desmatamento feito pelo ICV, é possível devido aos dados de desmatamento atualizados que o Estado possui. O método utilizado consiste em combinar as taxas de desmatamento dos últimos três anos (2003 a 2005) e a área de floresta remanescente (excluindo-se as Áreas Protegidas).

O método já foi testado com os resultados do desmatamento de 2006 e 2007 para verificar a sua consistência. O Estado foi divido, inicialmente, em células de 25 quilômetros quadrados, o que gera cerca de 36 mil células.

Foram selecionadas as células com mais de 50% de área florestal. A partir daí, a equipe do ICV calculou para cada célula a taxa de desmatamento no período 2003 a 2005 (usando os dados de desmatamento do Prodes/Inpe) e a área dos remanescentes florestais em 2005 (excluindo as Áreas Protegidas). Em seguida, classificou as células em quatro níveis de risco de desmatamento (baixo, médio, alto e muito alto).

Para exemplificar como funciona este mapeamento, uma área que teve desmatamento crescente nos últimos anos e ainda tem muita floresta é considerada área de risco muito alto. Já a área que teve desmatamento, mas tem pouca floresta, o risco é baixo.

De acordo com o estudo, divulgado no último Boletim de Transparência Florestal no Estado de Mato Grosso, as células com risco de desmatamento muito alto representaram 11% do total, enquanto as áreas de risco alto representaram 10%, contra 21% e 58% para as áreas de risco médio e baixo, respectivamente.

As áreas de maior risco de desmatamento se concentram nas regiões noroeste e norte do Estado, nos municípios de Colniza, Aripuanã, Cotriguaçu, Nova Bandeirantes, Juara e Paranaíta.





Fonte: TVCA

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