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Internacional
Segunda - 17 de Setembro de 2007 às 21:05

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Washington, 17 set (EFE). - Os Estados Unidos divulgaram hoje sua avaliação da atual situação do narcotráfico no mundo, na qual incluiu o Brasil na lista dos países que, segundo sua opinião, ainda não fizeram o suficiente no combate ao problema.

Cumprindo uma lei federal, o Governo americano enviou ao Congresso seu relatório anual sobre desafios e avanços da luta antidrogas durante os últimos doze meses no mundo todo.

A lista deste ano dos 20 principais países produtores ou de transporte de drogas incluiu Brasil, Afeganistão, Bahamas, Bolívia, Birmânia, Colômbia, Equador, Guatemala, Haiti, Índia, Jamaica, Laos, México, Nigéria, Paquistão, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Venezuela.

Quanto à Venezuela, Washington se queixou de que o Governo de Hugo Chávez se negou a assinar uma "carta de entendimento" para melhorar a cooperação antidrogas com os Estados Unidos.

Segundo indica o relatório, no entanto, o presidente George W. Bush decidiu manter os programas de assistência às instituições democráticas venezuelanas.

O relatório manifesta também a necessidade de trabalhar em conjunto contra o narcotráfico, segundo resumiu em entrevista coletiva a subsecretária adjunta de Estado para assuntos de narcotráfico dos Estados Unidos, Christy McCampbell.

Sobre a Bolívia - terceiro produtor mundial de cocaína - o documento indica que o país "está no caminho" de erradicar 5.600 hectares de coca este ano, mas que ainda precisa melhorar o combate às drogas.



"A cooperação antidrogas da Bolívia foi o que consideramos desigual. O Governo parece pronto para alcançar a erradicação de 5.600 hectares (de coca); no entanto, o cultivo de coca aumentou", declarou McCampbell.

"Os EUA encorajam a Bolívia a fazer da redução ou eventual eliminação do excesso de cultivos de coca sua prioridade número um. Isso é o que pedimos", ressaltou.

Os EUA também querem que a Bolívia fortaleça sua estratégia para o controle de drogas e de produtos químicos, adote uma lei mais moderna contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo e melhore seus programas de confisco de bens.

Salvo as exceções feitas em benefício do "interesse nacional", os EUA podem suspender a ajuda humanitária e para o combate ao narcotráfico para países que não cumprirem com suas obrigações internacionais neste campo.

McCampbell disse que os EUA reconhecem os usos tradicionais da coca na Bolívia e que, por isso, não pressiona para "a erradicação total da coca".

Por outro lado, ela destacou que o Plano Colômbia foi "um sucesso, o que tem muito a ver com a ajuda dada pelos EUA na região".

Desde o ano 2000, a Colômbia recebeu apoio técnico e militar americano e mais de US$ 700 milhões anuais para a luta contra o narcotráfico e os grupos armados ilegais.

Segundo McCampbell, o êxito do Plano Colômbia se reflete na "queda de 76% nos seqüestros e de mais de 40% nos homicídios".

O relatório lamenta o "aumento drástico" na quantidade de cocaína com destino aos EUA "em navios de bandeira equatoriana", e pediu que o Equador, como "parceiro importante" nesta luta, aumente sua cooperação com as autoridades marítimas americanas.

Consciente das críticas de alguns setores quanto às conquistas da Iniciativa Andina contra as Drogas, McCampbell insistiu que os Governos dos países andinos "fazem o melhor que podem para evitar que a coca e a cocaína" entrem nos EUA.

O relatório também faz elogios aos esforços antidrogas do México, país com o qual os EUA discutem um novo plano de cooperação em matéria de segurança regional.




Fonte: EFE

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