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Politica Brasil
Segunda - 17 de Setembro de 2007 às 13:08
Por: Flavia Santucci

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Considerando a queda brusca da umidade relativa do ar, a baixa dos níveis de água nos poços artesianos, a constante queda de energia elétrica e o acentuado período de estiagem, o prefeito de Cuiabá Wilson Santos (PSDB) decretou situação de emergência no município na manhã de hoje.

O decreto autoriza os secretários municipais de Educação e Saúde, Carlos Carlão Pereira do Nascimento e Guilherme Antonio Maluf, respectivamente e o presidente da Sanecap (Companhia de Saneamento da Capital) José Antônio Rosa, a tomarem qualquer tipo de medida em caráter emergencial que garanta a normalidade em suas devidas áreas.

A situação é considerada grave. A umidade relativa do ar tem oscilado entre 12 e 15%, o que é tido como limite de sobrevivência para o ser humano. O prefeito criticou as gestões anteriores, que não “se preocuparam” com a questão da falta de água. “Se tivéssemos reservatórios, não estaríamos passando por isso”. Segundo ele, a capital precisa de 25 milhões de litros em reserva para não sofrer com a seca.

Quatro reservatórios com capacidade para seis milhões de litros de água estão em fase final de construção e devem ser entregues para a população em até 60 dias. Dois deles trabalharão com capacidade de dois milhões de litros de água. Os outros dois trabalharão com capacidade de um milhão cada um.

“Para acabar de vez com o problema da água em Cuiabá, precisamos passar por quatro etapas. Captação dos 80 poços artesianos dos rios Cuiabá e Coxipó, tratamento das estações de tratamento de água, reservação e distribuição”, continuou.

A construção de uma nova ETA (Estação de Tratamento de Água) no rio Coxipó vai aumentar a capacidade de tratamento atual de 500 litros por segundo para 1000 litros. “Com essa ETA e a já existente ETA Tijucal, o rio Coxipó chega ao seu limite. Futuramente, as ETAs serão construídas no rio Cuiabá, que exerce somente 4% de sua capacidade”, afirmou o prefeito.

Amanhã, o secretário de Educação e a Defesa Civil se reúnem com as escolas a fim de adaptar o horário de aula para que os alunos não sejam prejudicados. “Vamos entrar num acordo para que as aulas sejam suspensas nos dias mais críticos ou somente entre as 10 e as 15 horas, período em que a umidade do ar está mais seca”, informou o secretário Carlão.

O coordenador da Defesa Civil, José Zanetti, alertou mais uma vez para que se evite a prática de atividades físicas durante a tarde e economize água. Os fiscais regionais já foram acionados para orientar a população.

O prazo de duração do decreto é de 60 dias, podendo ser prorrogado enquanto perdurar a situação.





Fonte: Olhar Direto

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