3 dos 24 deputados incomodam governo Maggi
Os deputados Otaviano Pivetta (PDT), Zé Carlos do Pátio (PMDB) e Percival Muniz (PPS) começam a incomodar o governo Blairo Maggi (PR), que estava prestes a virar unanimidade na Assembléia. Eles têm sido duros nas críticas e, aos poucos, vão se tornando as vozes isoladas da oposição. Enquanto isso, parlamentares do PT e até do PSDB, ungidos das urnas com discurso oponente, caminham para os braços do Palácio Paiaguás. Dos 24, somente Pátio, Pivetta e Muniz se mostram "independentes" e com posições mais consistentes, mesmo tendo sido eleitos pela mesma coligação que reconduziu Maggi à cadeira de governador.
Essas posições não são à-toa. Os três sonham com projetos maiores para 2010 e desvinculados da turma da botina. Querem marcar posição já no pleito do próximo ano. Muniz e Pátio tentam unir a oposição em Rondonópolis para derrotar o prefeito Adilton Sachetti (PR), que deve ir à reeleição sob as benções de Maggi. Pivetta lidera uma outra frente e pensa até em concorrer a governador.
Da tribuna, Pátio esculhamba a gestão estadual. Na sessão de quarta, por exemplo, o peemedebista afirmou que Maggi, maior produtor individual de soja do mundo, mistura, enquanto governador, o público com o privado, pratica tráfico de influência e ignora as políticas públicas. Pivetta diz que o governo vive uma paralisia e que deveria retomar o ritmo do primeiro mandato. Muniz condena a elevação da carga tributária, a insensibilidade às causas sociais de um governador para quem faz acordos políticos até então condenados pelo próprio Maggi.
A tendência é o trio intensificar as críticas e ataques à administração, à medida que as próximas eleições vão se aproximando. Assim, quem era aliado, defendeu Maggi no palanque e chegou a ser até secretário do atual governo, como é o caso de Pivetta, sinaliza para a oposição. E, quem "cresceu" com a bandeira da oposição, como o deputado Alexandre Cesar (PT), adversário ferrenho de Maggi em 2002 na disputa ao governo, vira governista, aliás, vice-líder do Paiaguás na Assembléia. Coisas da política!
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