Boicote a Renan posterga a nomeação de Pagot
A nomeação do ex-secretário estadual de Infra-Estrutura, Casa Civil e de Educação, Luiz Antonio Pagot, para a direção-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura (Dnit) pode ser arrolada por mais de um mês. Vai durar o tempo em que Renan Calheiros (PMDB-AL) continuar na presidência do Senado. O calvário prossegue porque um grupo de senadores de seis partidos armam uma estratégia para pressionar a saída do alagoano. O boicote consiste em não aprovar matérias de interesse do governo, entre elas, a resolução com nome do indicado mato-grossense ao cargo federal.
Para o afilhado político do governador Blairo Maggi, o que se tem a fazer é esperar. Em entrevista ao RDNews, ele preferiu não comentar sobre a teimosia abestada de Renan, mas se apega às outras nomeações que precisam ser analisadas no plenário do Senado. "Aguardar, é o que tenho a fazer. Outras nomeações precisam acontecer e isso não poderá ser adiado por muito tempo", disse Pagot.
Apesar do tom de melancolia, Pagot afirma que continua a desenvolver tarefas paralelas, inclusive nos debates sobre o fomento das hidrovias. Esta semana não viaja a Brasília. Mas já tem agenda para segunda (17). Vai a São Paulo participar de debates sobre hidrovias. "Minha vida não parou e não vai parar". Ele observa que já batalhou o suficiente para agilizar sua nomeação. "Em Brasília, fiz o que tinha que fazer, conheci os senadores que tinha que conhecer, como já disse o que me resta é esperar", disse.
Lista de boicotes
01- Impedimento da aprovação de medidas provisórias que liberam recursos extraordinários para ministérios;
02 - Senadores (alguns) não participarão de sessões presididas por Renan enquanto ele responder a processos no Conselho de Ética;
03 - Votar contra a prorrogação da CPMF em novembro - o que fará o governo perder R$ 38 bilhões no ano que vem.
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