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Plenário demonstrou altivez, diz braço direito de Renan
Saboreando a absolvição do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB -AL), pelo plenário da Casa nesta quarta-feira (12), seu aliado Almeida Lima (PMDB-SE) acredita que o pior já passou.
Renan era acusado de ter recebido ajuda de um lobista para pagar despesas pessoais com a filha que teve com a jornalista Mônica Veloso.
Relator vencido no Conselho de Ética no caso, Lima disse ao G1 que Renan não cometerá, nas investigações das outras três denúncias que responderá no Senado, o erro desta em que acaba de ser absolvido. “Eles que arquem com o ônus da prova”.
Duas horas após a decisão do plenário, o parlamentar sergipano ainda não havia conversado com o amigo. Somente trocaram um aperto de mão.
De saída para a residência oficial da Presidência do Congresso onde, finalmente, comemorará o resultado, Almeida Lima falou ao G1.
Leia os principais trechos da conversa abaixo.
G1- Renan tem condições de presidir a Casa em meio a tanta pressão? Almeida Lima -Não vejo nenhum movimento [de pressão]. O movimento maior já aconteceu e ele já deu uma demonstração da sua firmeza. Legitimidade tem e condições ele terá, sobretudo, porque ele sai vitorioso deste processo.
G1 - Como o senhor avalia a postura de Renan?
Almeida Lima - O Renan demonstrou uma fortaleza muito grande. Uma resistência de gigante. Enfrentar todo esse processo durante mais de cem dias, não cedendo às pressões. Ao contrário, se colocando à disposição, estabelecendo provas e abrindo o seu sigilo. Não fez acordos, acordões e acordinhos. Enfim, não se subjugando ao que normalmente se faz no parlamento e que a sociedade contesta.
G1 - Como se pode explicar a vitória depois do intenso bombardeio?
Almeida Lima - Esta decisão é uma demonstração da autonomia do Senado e dos senadores. Foi independente. O Senado atuou de forma livre neste episódio, dando uma demonstração de que ele não se subordina a pressões ilegítimas, sobretudo aquelas externas, que vieram de vários segmentos. O plenário do Senado deu uma demonstração de altivez. Julgou de acordo com sua consciência e não com aquilo que eu costumo chamar de opinião publicada.
G1 - Como fica a disputa de poder na Casa?
Almeida Lima - Eles [quem querem lutar pela presidência da Casa] ficam sobrando, porque se tratava de uma pretensão equivocada, ilegítima e antipatriótica. Ou seja, essas questões a gente ganha no voto. Aqueles que se candidataram contra Renan Calheiros à presidência do Senado (o senador teve um opositor na campanha em fevereiro, o líder do Democratas, José Agripino (RN)) deveriam estar convencidos da sua derrota. Portanto, eu vejo uma atitude ilegítima e agora precisam se subordinar à decisão da maioria.
G1 - Renan agüenta os outros processos de cassação?
Almeida Lima - Acredito que os outros dois (que já receberam sinal verde da Mesa Diretora) serão arquivados lá mesmo no Conselho de Ética.
G1 - Por que?
Almeida Lima - Porque, se neste que o próprio senador Renan Calheiros procurou trazer provas para que o Conselho examinasse, nos outros dois ele não vai proceder da mesma forma. Porque aqueles que acusam que arquem com o ônus de provar. Numa, já há pedido de arquivamento do próprio PSDB, partido que fechou questão pela cassação nesse primeiro processo. E, nos outros dois, não há nenhuma prova.
Renan era acusado de ter recebido ajuda de um lobista para pagar despesas pessoais com a filha que teve com a jornalista Mônica Veloso.
Relator vencido no Conselho de Ética no caso, Lima disse ao G1 que Renan não cometerá, nas investigações das outras três denúncias que responderá no Senado, o erro desta em que acaba de ser absolvido. “Eles que arquem com o ônus da prova”.
Duas horas após a decisão do plenário, o parlamentar sergipano ainda não havia conversado com o amigo. Somente trocaram um aperto de mão.
De saída para a residência oficial da Presidência do Congresso onde, finalmente, comemorará o resultado, Almeida Lima falou ao G1.
Leia os principais trechos da conversa abaixo.
G1- Renan tem condições de presidir a Casa em meio a tanta pressão? Almeida Lima -Não vejo nenhum movimento [de pressão]. O movimento maior já aconteceu e ele já deu uma demonstração da sua firmeza. Legitimidade tem e condições ele terá, sobretudo, porque ele sai vitorioso deste processo.
G1 - Como o senhor avalia a postura de Renan?
Almeida Lima - O Renan demonstrou uma fortaleza muito grande. Uma resistência de gigante. Enfrentar todo esse processo durante mais de cem dias, não cedendo às pressões. Ao contrário, se colocando à disposição, estabelecendo provas e abrindo o seu sigilo. Não fez acordos, acordões e acordinhos. Enfim, não se subjugando ao que normalmente se faz no parlamento e que a sociedade contesta.
G1 - Como se pode explicar a vitória depois do intenso bombardeio?
Almeida Lima - Esta decisão é uma demonstração da autonomia do Senado e dos senadores. Foi independente. O Senado atuou de forma livre neste episódio, dando uma demonstração de que ele não se subordina a pressões ilegítimas, sobretudo aquelas externas, que vieram de vários segmentos. O plenário do Senado deu uma demonstração de altivez. Julgou de acordo com sua consciência e não com aquilo que eu costumo chamar de opinião publicada.
G1 - Como fica a disputa de poder na Casa?
Almeida Lima - Eles [quem querem lutar pela presidência da Casa] ficam sobrando, porque se tratava de uma pretensão equivocada, ilegítima e antipatriótica. Ou seja, essas questões a gente ganha no voto. Aqueles que se candidataram contra Renan Calheiros à presidência do Senado (o senador teve um opositor na campanha em fevereiro, o líder do Democratas, José Agripino (RN)) deveriam estar convencidos da sua derrota. Portanto, eu vejo uma atitude ilegítima e agora precisam se subordinar à decisão da maioria.
G1 - Renan agüenta os outros processos de cassação?
Almeida Lima - Acredito que os outros dois (que já receberam sinal verde da Mesa Diretora) serão arquivados lá mesmo no Conselho de Ética.
G1 - Por que?
Almeida Lima - Porque, se neste que o próprio senador Renan Calheiros procurou trazer provas para que o Conselho examinasse, nos outros dois ele não vai proceder da mesma forma. Porque aqueles que acusam que arquem com o ônus de provar. Numa, já há pedido de arquivamento do próprio PSDB, partido que fechou questão pela cassação nesse primeiro processo. E, nos outros dois, não há nenhuma prova.
Fonte:
G1
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/207442/visualizar/
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