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Politica Brasil
Quarta - 12 de Setembro de 2007 às 09:42

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Enquanto o deputado Humberto Bosaipo "costura" na Assembléia para não perder a próxima vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, o secretário Waldir Teis recebe sinalização do Palácio Paiaguás de que a qualquer momento também pode ser nomeado ao cargo vitalício com remuneração próxima de R$ 25 mil mensais, fora uma série de privilégios.

Para acelerar esse processo, principalmente quanto à abertura de vaga a Teis, o governador Blairo Maggi entrou num jogo curioso. Ele escalou Luiz Antonio Pagot para defender a candidatura a prefeito de Várzea Grande do conselheiro Júlio Campos. Se aceitar, Júlio terá de deixar o TCE até abril do próximo ano, tudo que Maggi precisa para emplacar Teis, seu ex-funcionário no Grupo Amaggi, para integrar o Pleno.

Principal articulador político do governo Maggi, mesmo sem ocupar cargo no primeiro escalão, Pagot passou a defender o nome de Júlio à sucessão municipal, mesmo que seja pelo DEM. Nesse caso, o PR do prefeito Murilo Domingos indicaria o candidato a vice-prefeito. Murilo já é tido como excluído.

Agora, enquanto Maggi torce para Júlio ser candidato em 2008, uma forma de acelerar a aposentadoria, Jaime Campos torce contra a candidatura do irmão. O senador que está de olho no governo do Estado em 2010 prefere que o DEM mantenha a candidatura ao Paço Couto Magalhães do deputado estadual Wallace Guimarães. A turma da botina deseja, no fundo, que Wallace se filie no PR e seja vice de Júlio, formando uma chapa DEM-PR. Em meio a tantas conjecturas, essa estratégia é alimentada pela seguinte expectativa para o pleito de 2010: Pagot concorreria ao governo do Estado, Júlio seria candidato a deputado federal ou a uma das duas vagas a serem abertas de senador.

O governador passou a mirar na vaga de Júlio porque o conselheiro Ary Leite de Campos se mostra resistente quanto à aposentadoria por agora, mesmo enfrentando problemas de saúde.

Na Assembléia, o comentário é que, além de Teis, uma vaga no TCE já estaria "amarrada" para o deputado de quinto mandato Humberto Bosaipo (DEM). O problema é que o parlamentar, ex-presidente e ex-primeiro-secretário da Assembléia, enfrenta vários ações na Justiça. Se renunciar ao cargo de deputado para virar conselheiro, Bosaipo continua com foro privilegiado, mas perde a imunidade parlamentar. Nesse caso, o Ministério Público Federal poderia requisitar à Justiça aplicação sobre ele da lei de improbidade administrativa.

Indicações

Blairo Maggi é o único dos quatro últimos governadores que ainda não indicou conselheiro para o TCE, cargo equivalente ao de desembargador do Tribunal de Justiça. A efetivação de Alencar Soares no ano passado, apesar da assinatura de Maggi, partiu da Assembléia e não do Poder Executivo. Jaime Campos (91/94) emplacou, à época, dois conselheiros: Ubiratan Spinelli e Branco de Barros, que se aposentou em 2006. Já Dante de Oliveira (1995/2002) indicou três: Antônio Joaquim, José Carlos Novelli e Valter Albano. O governo Rogério Salles (2002) nomeou Júlio Campos.





Fonte: RD News

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