Deputado Bezerra abre vaga para o suplente
O presidente do PMDB, Carlos Bezerra escorregou em conversa com correligionários na última reunião do partido, afirmando que deverá sair de licença das atividades parlamentares, dando um tempo e abrindo espaço para o suplente que foi o terceiro na coligação Mato Grosso Unido e Justo (PL/PMDB), o pastor Vitório Galli Filho que teve 23 mil votos, sendo ultrapassado apenas por Wellington Fagundes (PR) e pelo próprio Bezerra (PMDB). Ele nega que a decisão seja baseada no momento delicado vivido por ele por causa das acusações do advogado Bruno Miranda Lins, que o acusou além de Renan Calheiros e o sogro de montarem um esquema de captação de recursos de órgãos então administrados pelo PMDB no primeiro mandato do presidente Lula. Bezerra então derrotado nas eleições de 2002 ocupou a presidência do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Nas denúncias o advogado que foi casado com uma funcionária de Renan Calheiros, assegura que entregou ao parlamentar a quantia de R$ 150 mil em um quarto de hotel onde residia em Brasília. Quando perguntado da licença, Bezerra desconversou, mas a ex-deputada Teté Bezerra, sem saber acabou confirmando que o assunto iria ser decidido e provavelmente a licença começaria ainda no mês de setembro, abrindo espaço para o primeiro suplente. Já o primeiro suplente, Vitório Galli Filho, pastor da Assembléia de Deus, explicou que o assunto está sendo amadurecido e estufou o peito para falar que teve 23 mil votos que se não foram suficientes para elegê-lo garantiram duas vagas para a coligação. Bezerra se sente desconfortável também em relação ao partido por ter que assumir responsabilidades em decisões controvertidas, por isso inclusive para decidir quanto a dissolução do Diretório Municipal do PMDB convocou a Executiva Regional e repartiu a responsabilidade. Com a saída de Rabello, Bezerra terá que administrar uma grave crise interna que pode levar o partido a não ter candidato em Cuiabá.
Comentários