Acusado de receber propina, Bezerra vai tirar licença
O deputado federal Carlos Bezerra (PMDB), eleito com 75.365 votos nas últimas eleições, vai encaminhar à Câmara Federal um pedido de licença de saúde por 121 dias, segundo informaram fontes próximas ao cacique peemedebista. Em seu lugar vai assumir o primeiro suplente da coligação, o professor Victorio Galli.
Galli, que é pastor evangélico, da Assembléia de Deus, obteve 22.981 votos nas eleições do ano passado. Com a visibilidade que espera ter nesses quatro meses, Galli arquiteta planos para ser candidato a vereador em Cuiabá.
Maior cacique do partido em Mato Grosso, Bezerra quer aproveitar os meses de licença para tratamento de saúde (ele tem problemas de diabetes e pressão alta), ampliar as discussões internas do PMDB sobre as sucessões municipais e problemas jurídicos que ligaram seu nome ao escândalo envolvendo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), fato que virou manchete nas revistas Veja e Época.
O parlamentar já anunciou via assessoria de imprensa que ingressará na Justiça uma ação criminal contra o advogado Bruno Lins, que o acusou de se beneficiar de um esquema de desvio de recursos públicos e lavagem dinheiro. Bezerra teria recebido das mãos do próprio Lins ao menos R$ 150 mil por supostamente ter favorecido o banco BMG. A Polícia Federal investiga o caso.
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