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Cidades/Geral
Quarta - 08 de Maio de 2013 às 16:28
Por: Vagner Magalhães

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O júri popular do pagodeiro Evandro Gomes Correia Filho, 40 anos, que aconteceria a partir desta quarta-feira no Fórum de Guarulhos, na Grande São Paulo, foi adiado. Evandro é acusado pela morte da ex-mulher Andréa Cristina Bezerra Nóbrega, 31 anos, em 18 de novembro de 2008, e pela tentativa de homicídio de seu filho, L.M.N, que tinha 6 anos à época. Foragido desde então, ele nega o crime.


 
 
O adiamento do júri se deu depois que o advogado de defesa, Ademar Gomes, anexou novas provas ao processo, alegando que elas eram "imprescindíveis". O juiz Paulo Eduardo de Almeida Chaves Marsiglia decidiu que os documentos deverão passar por análise e remarcou o julgamento para o dia 11 de setembro, às 10h.


 
 
As novas provas provocaram uma discussão entre o advogado e o promotor do caso, Rodrigo Merli. O representante do Ministério Público acusou o defensor de anexar os documentos fora do prazo, que é de três dias antes do júri. "Esse julgamento está se tornando uma palhaçada, um circo. Foram anexados documentos novos às vésperas do plenário. São pareceres psiquiátricos encomendados dizendo que vítima tinha tendências suicídas. Também foram anexados 15 novos DVDs com quatro horas de gravação, mais dois celulares supostamente do Evandro", disse Merli.



 
Nos celulares, haveria mensagens da época dos fatos que teriam sido enviadas pela vítima para Evandro. "São provas que precisam ser periciadas, e não há tempo hábil para isso. A defesa só pode estar agindo de má-fe. Se são provas cabais para eles, por que só foram apresentadas agora?", questionou o promotor, que diz ter recebido as provas apenas na segunda-feira.


 
 
O advogado alega que juntou os documentos ainda na quinta-feira. "As provas foram juntadas no prazo legal, que foi quinta-feira, conforme consta no site do tribunal. O promotor está dizendo que isso está se tornando uma palhaçada. Isto não corresponde à verdade e Evandro tem o direito de se manifestar publicamente no processo. Isso não é um circo", disse Ademar Gomes.


 
 
O crime
Andréa morreu após cair da janela do terceiro andar do prédio onde morava, em Guarulhos, enquanto o menino foi internado com uma fratura do maxilar, após cair sobre a marquise da edificação.


 
 
Entre as testemunhas que serão ouvidas pelo juiz está o filho de Evandro, L.M.N, hoje com 10 anos. Ele será ouvido em sigilo. No momento do depoimento, o plenário será esvaziado. Na época do crime, ele foi ouvido por delegado, um promotor, uma psicóloga e uma assistente social. O garoto chegou a desenhar um homem com uma faca na mão e uma mulher com uma criança no colo. Relatou ainda uma briga entre o casal.

 
 
Em 2010, usando peruca, barba falsa, óculos escuros e bigode, Evandro negou participação na morte da ex-mulher, durante uma entrevista coletiva no escritório de seu advogado. Naquele ano, o inquérito policial apontou Corrêa como o autor do crime. A Justiça decretou a prisão preventiva dele no final de 2008, mas como ele nunca apresentou à Justiça, é considerado foragido. Ele aproveitou a lei que impede prisões em período eleitoral para dar sua versão do caso em São Paulo. O disfarce foi usado para que ele não fosse reconhecido na cidade onde morava, em um Estado do Nordeste. Na ocasião, o pagodeiro reafirmou que a ex-mulher se jogou com o filho do apartamento depois de uma discussão.




Fonte: Terra

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