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Nacional
Domingo - 09 de Setembro de 2007 às 11:59

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A operadora de caixa que morreu após almoçar no refeitório do supermercado em que trabalhava será enterrada na tarde deste domingo (9) no Cemitério de Vila Formosa, na Zona Leste de São Paulo.

O enterro deveria ocorrer na tarde de sábado (8), mas foi adiado. O velório foi interrompido para que a polícia levaesse o corpo de Vanessa Marchesoni de volta ao Instituto Médico Legal (IML). A pedido da Vigilância Sanitária, novos exames foram realizados para detectar o que provocou a morte da moça, de 24 anos.

Internação

Vanessa foi internada na tarde de quinta-feira reclamando de fortes dores no abdômen, após almoçar na empresa. De acordo com a família, ela comeu arroz, purê de batata, salsicha e carne de porco. A jovem morreu na noite de sexta (7). Os familiares foram informados que ela sofreu uma infecção aguda e hemorragia provocadas por intoxicação alimentar.

Além da operadora de caixa, outros nove funcionários também passaram mal após a refeição - sete mulheres e dois homens, que estão internados no Hospital Benedito Montenegro sem previsão de alta. Eles estão sendo medicados com soro e têm um quadro estável, de acordo com a secretaria municipal de Saúde.

O delegado titular do 41º Distrito Policial, de Vila Rica, Arthur Frederico Moreira, esteve no hospital e conversou com as vítimas. Ele disse que todos afirmaram ter comido no refeitório feijão, arroz, salada, salsicha e lingüiça.

Interdição

No final da tarde deste sábado (8), a Vigilância Sanitária interditou o supermercado. De acordo com a secretaria municipal de Saúde, a medida vale por tempo indeterminado. A decisão ocorreu após uma fiscalização que constatou irregularidades na área do armazenamento, falta de documentação e de capacitação técnica dos funcionários.

Foi entregue uma lista de tarefas a serem cumpridas para que o local possa ser reaberto. Antes disso, porém, a vigilância deverá fazer uma nova vistoria para, caso comprove o ajuste às solicitações, reabrir a loja.

A Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica (CVE) e a Coordenadoria de Vigilância Sanitária (Covisa) instauraram inquérito para descobrir as causas da intoxicação. A investigação corre em paralelo ao inquérito policial instaurado no 41º DP.

Supermercado

Antes da interdição pela Vigilância Sanitária, o supermercado envolvido no incidente chegou a abrir as portas das 9h às 13h de sábado (8) mas, segundo a gerência, fechou em respeito à morte da funcionária. A loja foi inaugurada há uma semana.

A empresa informou que nada foi encontrado vencido ou estragado na cozinha. Por dia, são servidas 200 refeições no local.





Fonte: G1

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