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Nacional
Sábado - 08 de Setembro de 2007 às 15:28

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No Centro-Oeste do Brasil, as temperaturas estão altas e a umidade relativa do ar, baixa – em níveis que se comparam aos do deserto. A fumaça das queimadas se espalha por toda a cidade.

Os filhos da artista plástica Lucia Pereira sofrem de rinite alérgica e, todo dia, é a mesma rotina: toalhas ensopadas são espalhadas pela casa. “Resolver completamente não resolve, mas a umidade da toalha ou as bacias com água ajudam bastante na hidratação”, ela diz.

Dona Araci Brum, de 75 anos, só consegue dormir tranqüila com o umidificador ligado. Durante o dia, ela abusa da água de coco para se hidratar, deixa uma rede na varanda e nunca dispensa um leque. “Se continuar essa seca do jeito que está, eu acho que não agüento!”, diz a aposentada.

Os postos de saúde de Campo Grande (MS) são um termômetro do problema. Só essa semana, seis mil pessoas foram fazer inalação.

Ar seco

Uma grande massa de ar seco se instalou na região central do Brasil e impede a formação de nuvens e chuva. Na estação mais fria do ano, as temperaturas deveriam ser mais amenas; mas estudos do Instituto de Pesquisas Espacias indicam que, a cada ano, o inverno está mais quente.

Segundo a Defesa Civil, os moradores da região Centro-Oeste, do DF, mais Tocantins, Maranhão, Piauí, Bahia, Minas Gerais e São Paulo vão ter de agüentar a baixa umidade relativa do ar, na casa dos 20%.

O consumo de água aumentou, e o abastecimento das cidades nessas regiões pode ficar comprometido. Em Campo Grande, o reservatório está 15 % abaixo do normal para o período; no campo, a seca castiga os rebanhos – falta água para os animais.

Cuidados

Confira as recomendações da Cruz Vermelha para evitar problemas com a baixa umidade do ar:

* Acompanhar as informações do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) sobre as previsões de umidade e temperatura divulgadas pelos meios de comunicação em geral.

* Procurar usar roupas leves quando a temperatura estiver acima de 28°C.

*Evitar exposição prolongada ao sol durante os horários de maior calor (das 12h às 16h). Ingerir bastante líquido.

* Dormir em local mais arejado e umedecido (podem-se usar umidificadores de ar, toalhas molhadas ou reservatórios com água).

* Evitar choque térmico (sair de ambientes com ar condicionado para ambientes quentes e vice-versa).

* Planejar as atividades físicas para o período da manhã (até as 11h) ou para depois das 17h.

* Não tomar banho com água muito quente em dias de temperaturas elevadas, para evitar o ressecamento da pele.





Fonte: G1

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