P-SOL entra com quarta representação contra Renan
A lista de processos enfrentados pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pode aumentar. O P-SOL protocolou na Mesa Diretora da Casa uma nova representação contra o senador por quebra de decoro parlamentar. Se for aceita, essa será a quarta representação contra Renan em andamento no Senado.
Dessa vez, o P-SOL pede que o Conselho de Ética investigue denúncias publicadas na imprensa de que Renan Calheiros e o lobista Luiz Garcia Coelho fariam parte de um esquema em ministérios do PMDB para favorecer o banco BMG na obtenção de facilidades nos contratos de empréstimos consignados.
“Infelizmente, o P-SOL toda semana tem de apresentar uma nova representação porque toda semana é uma nova patifaria apresentada pelo jornalismo investigativo”, disse a ex-senadora e presidente do partido, Heloísa Helena.
O presidente do Conselho de Ética, senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), afirma que há uma “banalização” nas representações protocoladas contra Renan Calheiros. “Isso banaliza. Dá a impressão de que querem achar uma forma de realmente descaracterizar o trabalho do senador [Renan Calheiros]. Fica repetindo e repetindo as coisas, daqui um pouco quem é que vai acreditar."
A primeira representação enfrentada por Renan Calheiros – e que pede a cassação do mandato dele - investiga se o senador teria tido contas pessoais pagas por um lobista. Essa representação, aprovada no Conselho de Ética, será votada na próxima quarta-feira no plenário do senado. Se aprovada por maioria absoluta dos senadores (mais de 41 votos), Renan Calheiros perde o mandato de senador. Tanto a sessão quanto a votação serão secretas.
A segunda representação, que investiga se Renan Calheiros teria beneficiado a cervejaria Schincariol depois que a empresa comprou uma fábrica superfaturada do irmão dele, está em fase de instrução. No início da semana, Renan encaminhou ao relator do processo no Conselho de Ética, senador João Pedro (PT-AM), sua defesa escrita. Agora, cabe ao relator analisar a documentação e decidir próximos depoimentos ou diligências.
A terceira representação contra Renan Calheiros, que investiga se ele teria usado “laranjas” para comprar emissoras de comunicação em Alagoas, ainda aguarda a definição de relator no Conselho de Ética.
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