MT será contemplado com projetos de reflorestamento
Trata-se de uma parceria, em edital público, com governos, empresas e organizações não-governamentais (Ongs). No Estado, a Secretaria de Meio Ambiente (Sema) coordenará todas as etapas do projeto, como faz atualmente.
O anúncio foi feito em São Paulo pelo presidente da Natura, Alessandro Carlucci, em encontro internacional de jornalistas. O projeto consiste na redução das emissões em até 33%, em cinco anos, de toda a cadeia da linha de produção da empresa.
Para tanto, do inventário (emissão de gás carbônico – CO2), redução das emissões, à compensação ambiental, a empresa terá uma auditoria de empresa internacional especializada para avaliar o real impacto de suas atividades.
Didaticamente, para se entender o que postula a Organização das Nações Unidadas (ONU), neste projeto estão sendo utilizados os padrões Greenhouse Gás Protocol Initiative (GHG Protocol), que é a ferramenta mais utilizada internacionalmente para contabilizar as emissões de gases.
Entre outras conseqüências, os gases são responsáveis pelo aquecimento global, secas devastadoras e extinções de biomas em todo o planeta Terra. “É possível mostrar que dá para usar o meio ambiente de forma sustentável”, disse Carlucci.
Em números, a pretensão de uma empresa genuinamente brasileira, criada há 38 anos, prevê investimentos de R$ 7 milhões. Com base no levantamento do GHG Protocol, a empresa anunciou que em 2006 emitiu 270 mil toneladas de CO2, considerando as emissões em todas as etapas da sua cadeia produtiva. Raramente as empresas divulgam a emissão de gases. “O compromisso perene com a sustentabilidade é o que nos permite assumir a responsabilidade de neutralizar todas as nossas emissões do efeito estufa a partir de 2007”, assegurou o presidente da Natura.
Carlucci explicou que a ação, por meio do Carbono Neutro, tem como foco principal a redução das emissões desde a extração de matérias-primas às embalagens dos produtos que chegam aos consumidores. Em 1997, a empresa adotou uma iniciativa premiada: com base no Protocolo de Kyoto, converteu toda a frota de distribuição em São Paulo para gás natural veicular (GNV).
Números - Com suas 567 mil consultoras no Brasil, a empresa registrou ano passado uma receita bruta de R$ 3,9 bilhões, um crescimento de 19,9% em relação a 2005. Nas operações internacionais a receita aumentou 44,3% e o número de consultora ultrapassou 60 mil na Argentina, Peru, Chile, México, Venezuela, Colômbia e França. Na Bolívia, a empresa já tem distribuidor.
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