Ministério do Planejamento garante avaliar PEC 66/2007

BRASÍLIA, 5 de setembro – O ministro do planejamento, Paulo Bernardo, prometeu analisar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 66/2007, que prevê o fim paulatino da Desvinculação dos Recursos da União (DRU) no orçamento da educação pública. Para ele, é necessário colocar os investimentos para educação no debate que discute a prorrogação da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF).

Segundo Bernardo, o discurso do deputado federal e autor da PEC Rogério Marinho (PSB-RN) é importante para que as reuniões na comissão especial não abordem apenas a perda econômica para saúde. "Temos de saber que não é apenas a saúde que perde, mas educação, desenvolvimento social, todas as áreas devem ser analisadas", afirmou.

Durante os dois dias de encontro na Câmara dos Deputados às discussões foram acaloradas. Mas, na opinião do deputado Rogério Marinho, faltou mais atenção a outros setores que não a saúde. "Se saúde fosse o único problema do País estaria fácil de resolver. Mas, é preciso priorizar e entender que o ensino primário está carente de investimentos".

O deputado explicou que os índices de analfabetismo e baixo desempenho nos exames nacionais do Ministério da Educação, como o Saeb e Enem, mostram claramente a falta de recursos suficientes no ensino público para preparar os jovens que aspiram um curso superior. "Precisamos tratar a base para que os jovens de 1ª a 4ª série consigam espaço quando chegarem na universidade", disse o deputado.

O segundo dia de reunião sobre a prorrogação da CPMF recebeu além do ministro Paulo Bernardo, os economistas Paulo Rabello de Castro e Celso Martone e o secretário da Saúde do Rio Grande do Sul, Osmar Terra.