Plebiscito popular ocorre em mais de 20 escolas públicas de Cuiabá

O plebiscito popular torna-se, dia-a-dia, um assunto menos distante da população de Cuiabá. Nas praças centrais, colégios, igrejas, universidades e até em pontos comerciais há urnas à disposição das pessoas para que possam votar. Os assuntos são: anulação da privatização da Vale do Rio Doce, gostos com pagamento das dívidas interna e externa, custo da energia elétrica e nova reforma da previdência.

As praças centrais (Ipiranga, Alencastro e República) estão com urnas desde segunda-feira de manha. O cidadão pode chegar a uma das praças a partir das 8h que já poderá votar. Basta apresentar um documento como RG, CPF, carteira de motorista ou outro de abrangência nacional.

Segundo levantamento do Sintep Cuiabá (Sindicato dos Trabalhadores na Educação Púbica), 22 escolas municipais e estaduais estão realizando o plebiscito popular. As votações estão sendo coordenadas por professoras e professores. Há estudantes que estão auxiliando no trabalho.

As escolas são as seguintes: Presente Médici, Nilo Povoas, Liceu Cuiabano, Cesário Neto, Emilia de Figueiredo (centro de Cuiabá); Salim Felício (Parque Cuiabá), André Avelino (CPA 1), Dione Augusta (CPA), João Panaroto (CPA 4), Clênia Rosalina (Planalto), Joaquim Cerqueira Caldas (Poção), Rafael Rueda, Padre Ernesto, Jd. Paulista, Malik Didie, Mario de castro (Pedra 90), Gustavo Kulman (Goiabeiras), José de Mesquista (Barão de Melgaço), Osmar Cabral (Osmar Cabral), Padre Ernesto (Jd. Paulista), Quintino (Canjica), Celina Fialho (Altos da Serra), Pedrosa de Moraes (Novo Paraíso).

A sede do Sintep Cuiabá também conta com uma urna a fim de que os professores, funcionários, sindicalistas e público em geral que passar por ali já tenha deposite seu voto.

"A educação tem de estar calcada na realidade. Portanto, se é possível retomar esse bem publico (Vale do Rio Doce) que foi usurpado do povo brasileiro, os movimentos sociais têm de estar empenhados nessa reivindicação", disse Nemésio Evaldo Kaefer, diretor do Sintep Cuiabá e professor do ensino público estadual.

O crime de usurpação é citado por Nemésio porque a Vale foi vendida sem que se consultasse se o povo concordava. E o preço pelo qual a empresa foi arrebatada (R$ 3,3 bilhões) custou quase 30 vezes que o valor calculado pelo próprio conselho gestor de privatização da mineradora (R$ 90 bilhões).

Na visão do professor e sindicalista "Os estudantes devem participar de todos os movimentos, pois é no período de 16 a 18 anos que está sendo criado neles o senso critico. É nesse momento em que os jovens adquirem o direito de votar nas eleições gerais e atuar de forma a transformar esse país".

Serviço

As pessoas podem votar também nas urnas localizadas nas praças Ipiranga, República e Alencastro, no centro de Cuiabá. Há urna na sede do Sindicato dos Bancários, situada na avenida Barão de Melgaço. Também possível votar nas urnas que estão colocadas em frente aos banco Bradesco e do Banco do Brasil (avenida Barão e Melgaço).

Além disso, na sede da Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat, bairro Boa Esperança) e na sede da Delegacia Regional de Trabalho e Emprego (bairro Porto). Há também urnas na Unic Beira-rio e na Unic Pantanal, colégio Máster, entre outros.

Lembrando que o plebiscito popular ocorre até o dia 9 de setembro. Ao final da plebiscito os votos serão apurados. Depois, somados com os de todos os estados. E no dia 25 de setembro haverá uma caravana a Brasília para entregar os milhões de votos ao presidente Lula, ao presidente do Senado, da Câmara e o responsável pelo judiciário.