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Politica Brasil
Terça - 04 de Setembro de 2007 às 19:20

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O relator da CPI do Apagão Aéreo do Senado, Demóstenes Torres (DEM-GO), disse nesta terça-feira (4) que, em seu relatório final, vai pedir o indiciamento do ex-superintendente de Planejamento e Gestão e ex-diretor comercial da Infraero Fernando Brendaglia e das funcionárias afastadas da estatal Márcia Chaves e Mariângela Russo, além de outros diretores da Infraero.

O relator poupou o ex-presidente da estatal, brigadeiro José Carlos Pereira. Segundo ele, não há indícios para pedir o indiciamento. O senador informou que o relatório final será apresentado no início de outubro. Nas próximas duas semanas, a CPI vai ouvir os últimos depoimentos e, depois, passará à fase de análise de documentos.

“Nós vamos acabar de ouvir outras pessoas e, em seguida, vamos produzir o relatório indiciando a todos e solicitando à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal que as prisões sejam efetuadas caso a caso. E que também haja denúncia para que essas pessoas, além da prisão, também possam ressarcir o erário todo o prejuízo que causaram”, disse.

Sistema de corrupção

Depois de ouvir os depoimentos de Brendaglia, Márcia Chaves e Mariângela Russo, nesta terça, o relator afirmou que a CPI começou a “esmiuçar o sistema de corrupção da Infraero”. E que os dados decorrentes das quebras de sigilo bancário e fiscal comprovam que eles teriam ajudado “a dilapidar o patrimônio público” e que “grosso modo, roubaram da empresa”.

“Essa é uma fase que a gente tem que passar, mas é praticamente improdutiva porque todo bandido nega que cometeu o crime”, declarou.

Ao prestar depoimento tanto o ex-diretor quanto as duas servidoras afastadas da Infraero negaram favorecimento no contrato firmado entre a estatal e a FS3 Comunicação e Sistemas – foco da investigação da CPI.

A FS3 foi contratada em 2003 por R$ 26 milhões para fornecer um software de gerenciamento de publicidade a 65 aeroportos administrados pela Infraero. O contrato foi suspenso em dezembro de 2005. A CPI investiga suspeitas de superfaturamento.




Fonte: G1

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