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Politica Brasil
Terça - 04 de Setembro de 2007 às 17:16

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O depoimento de João Batista da Silva, o “João Maguila”, à CPI da Sema, na manhã desta terça-feira, que durou mais de três horas, na Assembléia Legislativa, apresentou como único resultado prático, a realização de uma acareação, marcada para a próxima quinta-feira (06/09), entre o próprio João Batista, Antonio Góes (assessor parlamentar) e Fábio Galindo (procurador da fazenda Gislaine I) este último, já prestou depoimento à CPI.

A acareação será necessária, segundo o presidente da CPI, deputado José Riva (PP) por causa das divergências das informações prestadas a respeito do projeto de manejo florestal da Fazenda Gislaine I, que também foi objeto da operação Guilhotina, deflagrada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente há cerca de dois meses e meio.

“As divergências são muitas. As informações prestadas por um e outro não batem. Na verdade, o depoimento do senhor João Batista foi muito confuso, ele pouco esclareceu sobre o suposto envolvimento de autoridades em casos de favorecimento ou de tráfico de influência, como deixou claro nas três denúncias escritas que apresentou à Sema, à Comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa ou ao Ministério Público. O aspecto fundiário da área também é muito questionável e isso o Intermat vai ter que esclarecer, até por que, há suspeita de que os requerimentos são feitos de forma irregular”, esclarece Riva.

Por conta das inúmeras informações desencontradas do depoente, a CPI decidiu mandar para a área, amanhã, quarta-feira, uma equipe formada por técnicos da Comissão, Walmor Brolin (proprietário da fazenda Gislaine I), João Batista da Silva e Fábio Galindo, para colher as informações “in loco” antes da acareação.

Litígio – Para o deputado José Riva, o que ficou claro é que a área em questão é alvo de litígio e por isso, será necessário buscar junto ao Intermat todas as informações necessárias para saber quem tem razão. “A partir do momento que for citada qualquer disputa de área, a CPI vai buscar saber de que forma se deu essa ocupação, se ela é regular ou irregular, até para ver se o Intermat está agindo de forma correta nestes procedimentos. Alguns requerimentos já analisados não obedecem o aspecto legal, não tem a posse necessária, como é o caso, por exemplo, dessa área em Feliz Natal, onde, numa área de 6,5 mil hectares, temos cinco requerimentos e, na área total, tem uma abertura de oito alqueires utilizados para agricultura de subsistência. Não existe a posse propriamente dita para originar o requerimento dessas terras”, afirma o deputado.

Ficou claro também que, além da disputa da terra, existe também uma disputa pela madeira existente na área, o que acirra ainda mais os ânimos entre os postulantes.





Fonte: Assessoria/AL

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