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Politica Brasil
Terça - 04 de Setembro de 2007 às 15:45

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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), discursou nesta terça-feira (4) no plenário da Casa e negou as acusações dos três processos que correm contra ele no Conselho de Ética e as novas denúncias publicadas no fim de semana pelas revistas "Veja" e "Época".

Para se defender, ele voltou a atacar a Editora Abril, que edita a "Veja". Renan também afirmou que a Constituição garante que a votação do processo de cassação, marcada para esta quarta-feira (5), seja secreta, ao contrário do que decidiu a maioria dos senadores do Conselho de Ética na semana passada.

Ele disse que o direito ao voto secreto em seu processo está sendo "esmagado". "Fiz de tudo no sentido de agilizar esse calvário, afinal sou vítima. Agora, a Constituiçao consagra de maneira cristalina a modalidade do voto, mas vamos deixar a coisa fluir. O direito constitucional está sendo esmagado em nome da continuidade do linchamento", afirmou Renan.

Na semana passada, o Conselho de Ética discutiu como votaria o relatório do processo contra Renan. Enquanto a oposição queria voto aberto, os aliados defendiam o voto secreto no conselho. O senador responde a três processos por quebra de decoro parlamentar. Caso o conselho e o plenário julguem Renan culpado, ele pode ter o mandato cassado.

No plenário, Renan afirmou ainda que tem colaborado para o andamento dos processos. "Transferi ao senador Tião Viana (vice-presidente do Senado) todas as decisões relacionadas aos processos do Conselho de Ética. Me defendi das acusações estapafúrdias. Abri sigilo bancário, contábil, pessoal, minha vida íntima", disse.

Editora Abril

Renan voltou a atacar a revista "Veja", que publicou denúncias de que o senador teria contas pessoais pagas por um lobista, favorecido uma cervejaria e usado "laranjas" para aquisição de veículos de comunicação (entenda as denúncias).

No fim de semana, a revista publicou que Renan teria obtido vantagens em ministérios comandados pelo PMDB, seu partido. "Não tenho operações clandestinas. Percorro vias públicas à luz do sol, sem laranjas. No início de agosto, denunciei pantanoso negócio da revista da Abril, que ficou conhhecida como 'Vileja', pela vileza de seu jornalismo panfletário e torpe."

A Editora Abril, procurada pelo G1, afirmou que se pronunciaria sobre o discurso do senador ainda na tarde desta terça-feira. Em outras oportunidades, a Editora Abril reafirmou o conteúdo das reportagens publicadas por "Veja" sobre o senador.





Fonte: G1

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