AMM respalda redivisão de municípios pelo Parlamento

O presidente da Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM), José Aparecido dos Santos, o Cidinho, disse que a redivisão dos municípios não tem preocupado os gestores de Mato Grosso. O impasse inicial estaria na perda de arrecadação de impostos de várias cidades, tendo em vista que algumas localidades distritais passariam a pertencer às sedes mais próximas. Hoje pela manhã chega à Assembléia Legislativa o primeiro relatório sobre a revisão da extensão territorial dos 141 municípios de Mato Grosso.

O diagnóstico se refere a três das nove regiões que o Estado se divide geograficamente e engloba mais de 20 municípios. A previsão é que até o final de setembro esteja pronta a primeira prévia de todas as cidades, para dar inícios às discussões com a população através de audiências públicas.

Em seu segundo mandato à frente da AMM, o presidente que é prefeito de Nova Marilândia, disse que haverá compensação. “Por um lado, Nova Marilândia perderia território para a cidade vizinha de Tangará da Serra, o que eu acho justo, mas ganharia uma abrangência que hoje pertence a Diamantino”, exemplificou Cidinho.

Para o representante dos gestores, é importante a realização de pesquisas e reuniões nas localidades para ouvir os anseios dos respectivos Chefes do Executivo e da população. Ele ainda explicou que a AMM acompanhará a Comissão de Revisão Territorial da AL para ajudar e nortear a nova definição.

O titular da Comissão, deputado Percival Muniz (PPS), garante que está flexível na aceitação de sugestões para elaborar um novo mapa geopolítico do território mato-grossense. Os novos limites territoriais não estão somente voltados à autonomia administrativa e à política, mas também econômica e financeira de cada localidade.

Para Muniz, um dos municípios que sofrerá maior impacto com a readequação será São Feliz do Araguaia, nordeste de Mato Grosso, que segundo a última contagem do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), feita este ano, tem ao todo 9.628 habitantes numa área da unidade territorial de 16.848 km².