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Politica Brasil
Segunda - 03 de Setembro de 2007 às 16:55

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O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), disse nesta segunda-feira que vai incluir nas investigações sobre as novas denúncias contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) a acusação de que o senador Romero Jucá (PMDB-RR) também teria participação em um suposto esquema de desvio de dinheiro público em ministérios chefiados pelo PMDB.

Tuma disse que, se ficar comprovado o envolvimento de Jucá nas denúncias, o peemedebista não será poupado somente porque Renan está no foco das acusações. "Cada um responde pela sua responsabilidade. Se tiver mais alguém, tem que dançar. A valsa não toca só para um. Quem é acusado, tem responsabilidade idêntica. Você não isola um porque o outro aparece", disse.

O corregedor espera ter acesso nesta terça-feira ao depoimento que o advogado Bruno de Miranda Lins prestou à Polícia Civil do Distrito Federal em setembro de 2006. O advogado acusa o seu ex-sogro, o lobista Luiz Garcia Coelho, de operar para diversos políticos do PMDB, entre os quais Renan, com recursos desviados de ministérios.

Coelho é pai de uma funcionária que trabalha no gabinete de Renan --ela é ex-mulher de Lins. O advogado prestou depoimento em meio à sua separação litigiosa.

A Polícia Federal está investigando o esquema de lavagem que envolveria Renan. Segundo reportagens das revistas "Época" e "Veja", o peemedebista teria recebido sacolas de dinheiro desviado na operação com o lobista. Lins também acusou Jucá e o deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT) de envolvimento nas irregularidades.

Os dois parlamentares teriam, segundo as revistas, beneficiado o BMG para a concessão de crédito consignado. Em troca, o banco teria pago propina aos integrantes do esquema.

Tuma disse que, apesar do protesto de "alguns senadores", vai aprofundar as investigações sobre as novas denúncias --sem revelar os parlamentares que teriam criticado a atuação da Corregedoria do Senado no caso. "É claro que têm alguns senadores que são contra. Mas vamos fazer uma investigação preliminar para ver se as denúncias têm fundamento ou não", disse.

O corregedor disse que Lins terá de apresentar provas de suas declarações prestadas à Polícia Civil que incluem Renan nas irregularidades. "Ele não pode deixar de comprovar o que falou. Essa era uma briga familiar incluindo algo que o sogro, como lobista, provavelmente tenha feito", afirmou.





Fonte: Folha Online

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