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Politica Brasil
Segunda - 03 de Setembro de 2007 às 07:38
Por: Téo Meneses

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A revista Veja desta semana revela que o deputado federal mato-grossense Carlos Bezerra (PMDB), ex-presidente nacional do INSS, teria recebido R$ 150 mil a título de propina para beneficiar o banco BMG na disputa pelo direito de oferecer o serviço de crédito consignado a aposentados do país inteiro.

O dinheiro teria sido entregue em malas pelo advogado Bruno Brito Lins, que foi casado com Flávia Garcia Coelho, funcionária do gabinete de Renan Calheiros e filha do lobista Luiz Garcia Coelho. Ele envolveu Bezerra durante depoimento prestado à Polícia Federal e disse que a entrega ocorreu no Hotel Metropolitan.

Bruno Lins envolveu Bezerra ao acusar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de orquestrar o esquema juntamente com outros parlamentares da cúpula nacional peemedebista. José Roberto Leão, diretor da Dataprev (instituição responsável pelo processamento de dados do INSS), teria recebido R$ 50 mil. Outros R$ 100 mil teriam sido entregues a Luiz Coelho.

Em nota encaminhada à imprensa, Bezerra nega as acusações. "Nunca tive contato com o senhor Bruno Lins. Sequer o conheço. Tomei conhecimento do seu nome através da imprensa", diz Bezerra, que promete ainda tomar as medidas judiciais cabíveis contra qualquer tentativa de associá-lo a uma briga familiar que não lhe diz respeito.

Ex-senador e ex-governador, Bezerra diz ainda na nota que a Medida Provisória 130, que regulamentou os empréstimos consignados a aposentados e pensionistas, foi editada em 17 de outubro de 2003, quando ele ainda não presidia o INSS. Segundo ele, a regulamentação ocorreu em 2004 por decreto da Presidência da República, expedida pela Casa Civil, sem qualquer participação do INSS.

Complicações - Bezerra já responde a processos por causa da sua gestão no INSS. O juiz da 12ª Vara Federal de Brasília, Marcus Vinícius Reis Bastos, acatou denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal contra o deputado mato-grossense por peculato e crimes da lei de licitações. O fato teria ocorrido quando Bezerra era presidente do INSS, em 2004, e diz respeito a uma licitação para aluguel de computadores que não chegou a ser paga. O processo foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), pois Bezerra tem agora foro privilegiado.





Fonte: Gazeta Digital

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