PT quer candidato próprio em 2010, mas admite negociar
O primeiro texto, aprovado por unanimidade no encontro, diz que o PT deve se colocar como “dirigente da condução do processo sucessório presidencial” . Destaca, ainda, que é necessário preservar a coalizão, mas “sem esquecer a defesa intransigente” dos interesses do partido. Uma hora depois, porém, o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), pôs em votação um “adendo” à resolução, desidratando o baixo teor de confronto ali contido.
A pedido do Palácio do Planalto e na tentativa de evitar um racha na aliança, os petistas encaixaram novo trecho sobre tática eleitoral, que já mencionava a necessidade de formular um programa para o próximo mandato. Apesar de manter o enunciado sobre a candidatura própria tanto nas eleições municipais de 2008 como na disputa presidencial, em 2010, o PT afirma agora que a decisão será submetida aos parceiros da coalizão, como Lula queria.
“O PT apresentará uma candidatura a presidente a ser construída com outros partidos e, assim, formar uma aliança programática, partidária e social capaz de ser vitoriosa nas eleições de 2010 e impedir o retorno do neoliberalismo”, diz o documento, que recebeu sinal verde do 3º Congresso.
Lula havia pedido ao PT para não incluir a defesa da candidatura própria na resolução por avaliar que isso poderia desgastar ainda mais a relação com os aliados. Motivo: há, na base de apoio ao governo, outros postulantes à sua cadeira, como o deputado Ciro Gomes (PSB-CE). Filiado ao PMDB, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, também pode entrar no páreo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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