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Politica Brasil
Sábado - 01 de Setembro de 2007 às 18:04

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste sábado (1º), no 3º Congresso do PT, em São Paulo, que os militantes do partido devem "usar a estrela do PT com orgulho" e não devem ter "vergonha" por conta dos escândalos de corrupção que rondam a legenda. Ele disse que nenhum outro partido tem os mesmos padrões éticos do PT.

Lula fez apenas referências indiretas a José Genoíno e José Dirceu, dois dos maiores líderes históricos do partido denunciados como participantes do esquema do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no discurso que fez diante de cerca de 1.000 delegados do PT.

"Saio desse congresso de alma lavada, sabendo que alguns companheiros foram indiciados pelo Supremo. Nem eu nem vocês sabemos o que aconteceu, mas aqueles que cometeram erros pagarão. O importante é que quem pertence a este partido tenha orgulho de ser petista", disse Lula.

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O presidente afirmou também que não quer ver sua imagem dissociada da do partido. "A minha trajetória e a do PT são uma história só", ressaltou, dizendo que o partido precisa encontrar um candidato prórprio para a corrida presidencial de 2010, pois um terceiro mandato está totalmente descartado.

"Em hipótese nenhuma vou pensar em um terceiro mandato. No dia 1º de janeiro de 2011 estarei entregando a faixa", disse, lembrando que lutará para que "o futuro candidato à Presidência seja identificado" com as metas sociais, ainda que o escolhido seja de uma outra legenda aliada do PT.

Ele também afirmou que é natural que os adversários critiquem o PT: "Eles não nos deixarão fazer política impunemente. Mas somos mais atacados por nossos méritos do que por nossos defeitos."

Governo

Sobre seu governo, Lula destacou a economia forte e o estilo democrático, que ouve tanto empresários e políticos quanto catadores de papel e sem-terra. "Antes o PT estava vulnerável a qualquer crise internacional, mas hoje o país está forte na questão econômica", ressaltou. Além disso, o presidente afirmou que nunca os investimentos em infra-estrutura, educação e reforma agrária foram tão grandes.

Além disso, afirmou que o país não precisa mais da ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI), como necessitava no passado: "Nos congressos anteriores, o que você mais via nas paredes laterais eram faixas contra o FMI, mas hoje não há nenhuma faixa, pois o FMI não está mais aqui (no Brasil)", ressaltou Lula.

O presidente também minimizou as críticas de que os bancos estão ganhando muito dinheiro em seu governo - Itaú e Bradesco, por exemplo, lucraram mais de R$ 4 bilhões no primeiro semestre. "Prefiro que os bancos continuem ganhando dinheiro do que fazer um novo Proer (programa de recuperação) para eles, tirando dinheiro do governo para salvar os bancos."




Fonte: G1

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