Ministros recuam e não garantem reforço de R$ 4 bi para "agenda social"

O aumento dos recursos de projetos sociais, a chamada "agenda social" terá que contar com a boa vontade dos parlamentares para ser incluído formalmente no Orçamento de 2008. No final da manhã, foi anunciado que esses programas contariam com R$ 16,5 bilhões. Já no final da tarde, a informação não foi confirmada pelos ministros que fizeram exposições sobre o assunto na reunião ministerial desta quarta-feira.

"Isso tem que caber no Orçamento e esses programas estão sendo acordados. É claro que sempre uma parcela pode ser por meio de emendas", afirmou o ministro Guido Mantega (Fazenda).

No final da manhã, quando a reunião ministerial estava em curso, a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto informou que a "agenda social" contaria no próximo ano com R$ 16,5 bilhões, R$ 4,7 bilhões a mais do previsto inicialmente.

Em entrevista após o encontro, já no final da tarde, Mantega, Dilma Rousseff (Casa Civil) e Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) não souberam informar qual os recursos que serão destinados a esses projetos que fazem parte dessa agenda. "Esses dados não são efetivos", reforçou a ministra.

Amanhã é o último dia para a entrega da proposta orçamentária ao Congresso Nacional. No entanto, segundo Mantega, os dados nela contida poderão passar por revisão de receitas ou projetos poderão ser contemplados por meio de emendas parlamentares.

No final da entrevista, sem a presença dos demais ministros, a ministra Dilma afirmou que há a intenção do presidente Lula de ampliar os projetos sociais e que o valor de R$ 16,5 bilhões seria "uma aproximação grosseira".