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Politica Brasil
Quarta - 29 de Agosto de 2007 às 13:27
Por: Catarine Piccioni

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Um semestre após a eleição da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa para o biênio 2007/ 08, os deputados estaduais já iniciaram as articulações visando a formação de chapas que pretendem disputar o próximo pleito e assumir o comando da Casa em 2009 e 2010. Conforme a reportagem apurou, o atual primeiro-secretário José Riva (PP) quer retornar à presidência da Assembléia, cujo orçamento é de R$ 98,766 milhões para este ano.

Ao contrário da última eleição, quando o deputado reeleito Sérgio Ricardo de Almeida (PR) obteve o apoio de 21 dos 24 parlamentares, sendo 14 novatos, a próxima deve gerar concorrência, encabeçada pelo deputado e ex-prefeito Otaviano Pivetta, do PDT. Ele já contaria com dois votos e teria convidado o petista Ademir Brunetto para compor a chapa como candidato a primeiro-secretário.

Presidente da AL em três biênios (1999-2001, 1997-1999 e 2003-2005) e primeiro-secretário em outros quatro (1995-1997, 2001-2003, 2005-2007 e 2007-2009), Riva nega a pretensão de permanecer no poder da Casa. “É muito cedo e não pensei em Mesa Diretora ainda. Qualquer articulação agora descaracterizaria o mandato. E, dependendo do meu próximo projeto político, poderei não ter tempo livre para ocupar tal posto”, afirmou Riva. Ele sinaliza estar disposto a concorrer ao Senado, em 2010.

Uma chapa alternativa, eventualmente liderada por Pivetta, deverá reavaliar os gastos da Assembléia Legislativa, o quadro de servidores e as condições de trabalho dos parlamentares. Dilceu Dal Bosco (DEM), Wagner Ramos (PR), Walter Rabello (PMDB), Chica Nunes (PSDB) e Ademir Brunetto (PT) compõem a Mesa atual.

Reeleito no ano passado com 82.799 votos e alvo de uma série de ações cíveis de ressarcimento por danos causados ao erário e responsabilização por atos de improbidade administrativa e de criminais por peculato, Riva afirmou, em entrevista ao Olhar Direto no final de janeiro, que não tem constrangimento em continuar no comando da Assembléia porque "a maioria das ações são vazias e muitas foram arquivadas". Ele se diz vítima de uma "perseguição implacável". Os processos são decorrentes das investigações da "Arca de Noé", que desmantelou, em 2002, a organização criminosa chefiada por João Arcanjo Ribeiro.

De acordo com o Ministério Público, empresas eram utilizadas como supostos fornecedores para os quais a Assembléia emitia cheques posteriormente registrados junto à Confiança Factoring como se estivessem sendo descontados em uma operação de fomento mercantil. Fantasmas, as empresas serviriam para encobrir o desvio e apropriação indevida do dinheiro público. As investigações apontaram que milhões oriundos da AL passaram pelas contas da factoring, cujo dono era Arcanjo.





Fonte: Olhar Direto

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