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Politica Brasil
Quarta - 29 de Agosto de 2007 às 09:26
Por: Pedro Cardoso da Costa

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Uma organização não governamental divulgou, recentemente, que os parlamentares brasileiros são os mais caros do mundo. São quatro, cinco, seis vezes mais caros do que alguns dos países ricos, e mais ainda de vizinhos sul-americanos. Essa relação de mordomia e subdesenvolvimento vem de antes da formação atual dos estados e tem se perpetuado. Não é novidade. Novo e estranho foi nenhuma divulgação por parte da imprensa. Nenhuma revista semanal, nenhum grande jornal tratou de assunto tão relevante.

Deveriam ter colocado como discussão o custo-benefício. Somente o analfabetismo crônico da população explica por que não há uma reação veemente contra esse absurdo. Seria necessária comparação de custo dos parlamentares dos países desenvolvidos com as questões sociais. Comparar as benesses dos parlamentares noruegueses, suíços, americanos com os brasileiros, seguida à mesma proporção dos serviços sociais que esses países e o Brasil oferecem aos seus cidadãos.

Comparação maior deveria ser com relação à segurança, saúde, educação e moradia. Aí, além de caros, a conclusão é que parlamentares de terceiro mundo não trazem nenhum benefício efetivo ao seu povo.

A discussão deveria ser expandida para concluir a absoluta desnecessidade de mais de seiscentos parlamentares federais, mais de mil estaduais, mais de sessenta mil municipais. Todos recheados de assessores, de inúmeras verbas, de inúmeros auxiliares, sempre parentes e amigos em inúmeros cargos comissionados, criados com a finalidade precípua de colocar mais dinheiro no bolso de familiares.

As casas legislativas têm estrutura e mordomias de castelos. Inúmeras comissões, várias empresas terceirizadas prestando serviço de dentistas a engraxates. São despesas demais com parlamentares para produzirem leis dando nome a praças e ruas, mudança de nomes tradicionais de aeroportos. A mídia em geral teria papel fundamental para a extinção das mordomias, trazendo as despesas para o patamar condizente ao desenvolvimento sócio-econômico do país. Além da diminuição de parlamentares a dez por cento da quantidade existente hoje. Isso só traria benefício. Tão típico no governo atual, talvez algum pacote financeiro no futuro para salvar algumas empresas jornalísticas possa explicar tamanha omissão. Mas a omissão foi generalizada. Talvez a crie financeira também seja! Não há outra explicação plausível.

Pedro Cardoso da Costa – Bel. Direito Interlagos/SP





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