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Politica Brasil
Segunda - 27 de Agosto de 2007 às 20:33

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O grande número de greves em hospitais públicos pôs em alerta promotores e o próprio Ministério da Saúde. O ingresso de médicos em coopertivas é um motivo a mais de preocupação.

Dos 350 mil médicos de todo o país, 70 mil são de cooperativas. A migração do serviço público para cooperativas acontece principalmente em especialidades menos disponíveis no mercado, como anestesistas e cirurgiões cardiovasculares.

Em Pernambuco, duas cooperativas de anestesistas são responsáveis por metade das cirurgias no estado. Na Paraíba, 90% dos profissionais são cooperativados.

Recentemente, durante a greve de cirurgiões cardiovasculares, em João Pessoa, duas pacientes morreram.

O Ministério Público do trabalho determinou que até o fim do ano os hospitais deixem de trabalhar com médicos cooperados e façam concurso público. A procuradoria também descobriu irregularidades.

Médicos que recebem por 12 horas e na verdade trabalham seis. Médicos que acumulam funções de cooperados e servidores do quadro, muito mais de dois, três cargos de médicos.

"Eu acho que não se pode tampar a questão da deficiência da defasagem salarial, com ilegalidade," questiona o Procurador Regional do Trabalho Eduardo Varandas.

Para a Federação das Cooperativas, os médicos precisam de proteção. "Ele prefere criar uma alternativa na qual ele se torna mais forte, se torna mais organizado e com isso ele consegue uma remuneração melhor e uma melhor condição de trabalho, que é a organização através da cooperativas," diz José Augusto Ferreira.

O Ministério da Saúde ressalta que os médicos não podem tornar os governos reféns. "Nós precisamos ter mais recursos para poder recompor os valores da tabela, oferecer valores melhores ao profissionais de maneira que eles possam fazer melhor atendimento ao Sistema Único de Saúde (SUS) sem essa necessidade de estar se utilizando de subterfugio que é a ultilização das cooperativas," disse João Gabbardo, Secretário do Ministério da Saúde.

A crise na saúde pública foi assunto da reunião de coordenação política, nesta segunda-feira (27), no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que vai liberar os R$ 2 bilhões pedidos pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, na semana passada.




Fonte: Reuters

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