Senador Jaime Campos pode ir para sigla de Blairo

Político tradicionalista, menos afeito a mudanças abruptas em sua carreira de quatro mandatos de executivo e o primeiro agora como legislador, o senador Jaime Campos pode estar de malas prontas para o Partido da República (PR), se posicionando mais próximo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do governador Blairo Maggi e seu grupo político.

Em toda sua carreira política, Jaime Campos só esteve efetivamente em dois partidos, o PDS e o PFL, mesmo tendo militado na Arena, mas sem concorrer a cargos eletivos. A primeira eleição de Jaime Campos foi em 1982 quando disputou a Prefeitura de Várzea Grande, fato repetido em 1996 e 2000.

Nota da revista "Veja" que circulou ontem traz a decisão do ministro de Transportes, Alfredo Nascimento, com o aval do presidente Lula de conquistar quatro novos votos, todos democratas e que devolveriam ao Governo Federal a tão sonhada folgada maioria no Senado da República. São citados pela revista os senador Jaime Campos (DEM/MT) Edison Lobão (DEM/PE), Romeu Tuma (DEM/SP) e César Borges (DEM/BA) que vinha conversando com o governo com o aval do então senador Antônio Carlos Magalhães, morto recentemente.

Fontes do Democratas em Mato Grosso, ex-PFL, não escondem que Jaime Campos conversa com o PR, além do mais agora quando convive diariamente em Brasília, no centro do poder. Este posicionamento pode ser reconhecido pelos passos do senador que avocou para sí o relatório da indicação de Luiz Antônio Pagot para a direção-geral do DNIT, costurando para que a indicação fosse aprovada na Comissão de Infra-estrutura. Pagot depende de um último esforço, no Plenário para ter sua indicação aprovada em definitivo.

Jaime Campos mesmo antes de assumir como senador da República foi recebido pelo presidente Lula no Palácio do Planalto em audiência junto com Blairo Maggi. Também nas visitas de Lula a Mato Grosso (que se tornaram uma constante nos últimos meses) sempre foi colocado como membro da comitiva presidencial.