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Internacional
Domingo - 26 de Agosto de 2007 às 18:11

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Agora que os cientistas documentaram as catastróficas conseqüências do aquecimento global, especialistas se concentram na parte econômica da questão. A última rodada de discussões sobre o aquecimento global, que tem início nesta segunda-feira em Viena, irá se concentrar em garantir que os US$ 20 trilhões que o mundo deve gastar em energia nas próximas duas décadas sejam em tecnologia ambientalmente sustentável.

Mais de mil delegados irão se reunir em um evento na capital austríaca para discutir formas de informar países, corporações, banqueiros e instituições públicas, como o Fundo Monetário Internacional, em como tirar o máximo de proveito de seus investimentos em energia.

Investimento de US$ 210 bilhões por ano

Um recente relatório do Grupo de Trabalho de Mudança Climática da Organização das Nações Unidas informou que investimentos adicionais de cerca de US$ 210 bilhões por ano serão necessários - a maior parte em países em desenvolvimento - para manter as emissões dos gases que causam o efeito estufa em seus níveis atuais em 2030. "Se os recursos disponíveis se mantiverem em seu nível atual e continuem dependendo apenas em contribuições voluntárias, não será suficiente", alerta o relatório.

Especialistas informam que os países em desenvolvimento precisarão de bilhões a mais por ano para ajudá-los a se adaptar às mudanças climáticas. Um exemplo é o país de Lesoto, do sul da África. O empobrecido país, que depende principalmente da agricultura, está sendo atingido por secas duas vezes mais freqüente que as registradas durante a década de 1980. Além disso, desde 2000, os meses de janeiro e fevereiro estão ficando progressivamente mais quentes.

"Quando finalmente chove, ela vem em ondas torrenciais, inúteis para nossa agricultura", explica o ministro do Meio Ambiente de Lesoto, Monyane Moleleki. O ministro apela aos países industrializados por tecnologia e recursos para ajudar seu país a se adaptar e superar o que ele chama de uma "situação muito perigosa".

Maria Magdalena Brito-Neves, ministra do Meio Ambiente de Cabo Verde, uma rede de ilhas no oeste da costa africana, informa que as mudanças climáticas já estão produzindo secas crônicas na região e ameaçam ecossistemas delicados.

Temperatura das negociações

O encontro de Viena, que se estende até sexta-feira, é parte de uma série de encontros de preparação para uma grande reunião internacional sobre clima, a ser realizado em Bali, na Indonésia, em dezembro. Segundo o especialista em clima da ONU, Yvo de Boer, o encontro fará com que os participantes meçam a temperatura das negociações de controle climático no mundo antes de duas outras reuniões que irão preceder a conferência de Bali.

Em 24 de setembro, uma reunião será realizada na sede da ONU em Nova York, e três dias depois, os 15 principais países poluentes do mundo se encontrarão em Washington, incluindo os Estados Unidos, China e Índia. A ONU quer colocar em discussão a criação de um novo acordo que sucederá o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012.





Fonte: AE-AP

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