Pedro Henry aguarda julgamento do STF para esta 2ª
O deputado mato-grossense Pedro Henry, ex-líder da bancada do PP na Câmara, está com seu futuro jurídico e político nas mãos dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Ele é acusado de formação de quadrilha e corrupção passiva e tem nome citado 15 vezes por lavagem de dinheiro na denúncia formulada junto ao STF pela Procuradoria-Geral da República. Se a denúncia for aceita, os ministros decidirão se as penas de uma eventual condenação serão somadas.
O julgamento da denúncia do mensalão começou na última quarta, com a leitura do relatório do ministro Joaquim Barbosa das acusações. A partir desta segunda (27), a Corte começa a apreciar a suposta prática dos crimes do grupo comandado pelo ex-ministro José Dirceu e a base aliada no Congresso.
Na quinta, os advogados dos 40 denunciados apresentaram a defesa de seus clientes e pediram para que os ministros do STF rejeitassem as acusações. O julgamento foi suspenso no dia seguinte, após mais de 20 horas de debates. A previsão é que a sessão se estenda até a próxima terça. Por enquanto, há 19 réus acusados em sete crimes diferentes, entre eles corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
No caso de Pedro Henry, o ministro Barbosa observa no relatório que o parlamentar de MT segue na mesma linha do ex-líder do PP, Pedro Corrêa, ou seja, "refuta a imputação de formação de quadrilha, afirmando que, se a denúncia trata de um só crime, praticado por várias pessoas, haveria concurso de pessoas, sendo que, no caso em questão, haveria autores mediato e um autor imediato (João Carlos Cláudio Genu)". Também nega lavagem de dinheiro e corrupção passiva. O ministro-relator lembra ainda da defesa de Henry, quando o pepista acrescenta o fato de ter sido absolvido pela CPMI dos Correios. O deputado afirma ainda que o acusado (...) pedia autorização apenas para Pedro Corrêa e José Janene antes de efetuar os saques e determinar a destinação dos recursos sacados.
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