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Politica Brasil
Domingo - 26 de Agosto de 2007 às 12:51

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Um presidente da República que prega as virtudes da democracia e exalta a elementar regra da alternância do poder e demonstra apenas incômodo com os desdobramentos do julgamento do mensalão, no Supremo Tribunal Federal. “Quem errou pagará pelo erro”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em entrevista publicada no jornal "O Estado de S. Paulo".

Irritado com os comentários de que deseja espichar sua permanência no Planalto ao defender uma Constituinte exclusiva para votar a reforma política, Lula diz que nem com o povo na rua aceitaria um terceiro mandato. “Quando um dirigente político começa a pensar que é imprescindível, que ele é insubstituível, começa a nascer um ditadorzinho.”

Lula revelou que não será um espectador da sucessão: “Tenho posição política, tenho partido. E quero subir em palanque”, anunciou. Não disse qual, sob o argumento de que, quando tomar essa decisão, uma “flecha” será apontada para a cabeça do indicado. Mas, para desespero do PT, pregou candidatura única da base que dá sustentação ao governo, em 2010.

Presidente, o sr. já pediu aos partidos aliados que se entendam sobre as eleições municipais do ano que vem e que o ideal seria ter um candidato único da base para 2010. Mas o PT, no 3.º Congresso, que começa esta semana, em São Paulo, vai destacar a necessidade de ter um candidato próprio à sua sucessão. A base pode implodir?

Luiz Inácio Lula da Silva - Seria prudente que nós aprendêssemos algumas lições que a vida ensina. Muitas vezes, a disputa se dá por interesse pessoal de um indivíduo, que quer marcar posição sendo candidato a alguma coisa. Se ele tem sucesso, ótimo. Se ele não tem, todos ficam com o prejuízo de uma derrota eleitoral. Tenho ponderado aos presidentes dos partidos da base que seria importante que eles conversassem e começassem a mapear a possibilidade de alianças políticas nas prefeituras das capitais e das cidades mais importantes do País. Se as direções não conversam antecipadamente, permitem que o jogo eleitoral e o interesse iminentemente municipal determinem a política local e o conflito nacional. Onde é possível construir aliança política para disputar, por exemplo, 2008? Onde é possível ter candidaturas próprias? Esse gesto pode facilitar a candidatura em 2010.





Fonte: AE

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