Juiz acata denúncia contra Henry
A decisão do juiz foi motivada pelo suposto enriquecimento ilícito do parlamentar que teria sido patrocinado pelo exercício do cargo. Também foram alvos de denúncias por improbidade ainda no ano passado os deputados Wellington Fagundes (PR), Celcita Pinheiro (DEM), Lino Rossi (PP) e Ricarte de Freitas (PTB).
A denúncia de improbidade administrativa ainda pode resultar no bloqueio dos bens do parlamentar, que nega qualquer ligação com os sanguessugas. Henry teve as parcelas de um automóvel de luxo pago pela família Vedoin, que patrocinou a máfia dos sanguessugas.
Segundo as investigações da Polícia Federal, esse pagamento seria uma prova de que as emendas parlamentares de autoria do pepista foram apresentadas para compra de ambulâncias para garantir posteriormente a propina. Henry responde a outras denúncias. Foi denunciado duas vezes no Supremo Tribunal Federal (STF). Em uma, o procurador-geral da República, Antônio Fernando Souza, arrolou o pepista mato-grossense entre os 40 denunciados no esquema de recebimento do mensalão. Também denunciou o parlamentar com outras 36 pessoas por improbidade administrativa.
Através de cinco denúncias, que são acusações formais, os procuradores federais pedem que seja devolvido ao erário todo o dinheiro que patrocinou os mensaleiros na legislatura passada. Só no caso dos cinco deputados federais, o volume chega a R$ 23,2 milhões. Pedem ainda a perda do cargo, suspensão dos direitos políticos por 10 anos, pagamento de multa civil e proibição de firmar contratos com o poder público. Henry também responde a um processo por compra de votos no TRE.
Henry foi procurado, mas não foi localizado e nem deu retorno às ligações.
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