Municípios intensificam inspeção na comercialização de carnes

A Secretaria de Estado de Saúde (Ses) alerta a população para adquirir somente carne inspecionada. O motivo é que os danos e agravos causados à saúde do consumidor esta diretamente ligada ao consumo de carnes não inspecionadas, uma vez que sem a devida imanipulação e resfriamento elas podem transmitir doenças como infecções e problemas digestivos.

A Saúde do Estado informa que a Área Técnica de Vigilância Sanitária do Estado e dos municípios realizam constantemente ações de fiscalização para evitar que a população adquira carnes de origem ilegal, tendo sempre como foco principal a saúde e o bem dessa população, bem como reprimir a comercialização de produtos ilegais e com conservação fora dos padrões e normas estabelecidas pelos órgãos competentes como o Sif ( Serviço de Inspeção Federal), quando a carne é destinada para a exportação; Sise (Serviço de Inspeção Sanitária Estadual), quando as carnes são para distribuição dentro do Estado e o Sim (Serviço de inspeção Municipal), quando as carnes só podem ser comercializadas dentro do próprio município.

O médico veterinário Roberto Boabaid ressalta que algumas medidas podem e devem ser tomadas por parte dos consumidores para não levarem para casa produtos de origens duvidosas. Devem dar atenção à origem e a característica da carne, uma vez que ela deve possuir selo de inspeção dos órgãos competentes, atestando boa qualidade ao produto e subproduto. “É primordial ficar atentos a essas recomendações, uma vez que é por meio dessa primeira avaliação que se pode notar que as carnes comercializadas estão livres de doenças, contaminações e sujeiras”, disse.

O veterinário atenta ainda, que nos locais de comercialização da carne o consumidor deve avaliar os seguintes critérios: as condições em que a carne é armazenada no balcão frigorífico para consumo imediato, que deve oscilar entre 2º C a 10ºC; carimbo indicando que a carne é inspecionada; coloração avermelhada, consistência e cheiro característicos; isenta de sujeiras e não apresentar viscosidade ao toque.

As carnes não devem apresentar mau cheiro, o que atesta o prazo de validade vencido, verificar se o balcão possui lâmpadas vermelhas o que pode indicar fraudes, uma vez que elas são usada para dar uma aparecencia avermelhada; verificar se o manipulador tem uma boa apresentação (unhas cortadas, barbeados, gorro ou boné nos cabelos e uniformizados com jalecos), alem de verificar se o manipulador tem bons costumes de higienização das mãos ao tocar o produto, verificar se o produto esta armazenado em refrigeração ou câmara fria e verificar se o estabelecimento possui o Alvará Sanitário.

Segundo a gerente de Vigilância de Produtos do Estado, Jane Benedita Campos, os órgãos municipais são responsáveis pela fiscalização dos pequenos locais de comercialização de carnes, uma vez que os técnicos são treinados para essas ações de baixa complexidade. Nos municípios que não possuem a Vigilância Sanitária implantada, as ações de inspeção sanitárias nos estabelecimentos comerciais ficam na competência da Vigilância Sanitária do Estado executadas pelos Escritórios Regionais de Saúde.

Jane Benedita disse ainda que é importante o consumidor denunciar o estabelecimento que esteja comercializando carne fora dos padrões da vigilância. A denúncia deve ser feita às Vigilâncias Sanitárias Municipais que farão as notificações devidas. Os municípios são os responsáveis nas ações de notificação, regularização e fiscalização dos estabelecimentos comerciais as denuncias podem ser feitas através de numero 30613-5376.