Renan não convence relatores do Conselho de Ética
Na saída, afirmou estar convencido da isenção dos senadores, tanto do conselho como do plenário. Ele tentou desqualificar o laudo pericial, que desmonta todos os argumentos que apresentou até agora para justificar o rendimento de R$ 1,9 milhão. Renan Calheiros disse aos relatores que não declarou à Receita Federal os empréstimos que disse ter feito para evitar a exposição de questões pessoais. Ou seja, quis dizer que não queria publicidade na pensão que pagava à filha que teve fora do casamento.
Casagrande e Marisa Serrano afirmaram que o presidente do Senado não conseguiu tirar as dúvidas sobre a evolução de seu patrimônio. "Pode ser que até o dia 30 (prazo previsto para votação do parecer) ele me convença (que é inocente), mas hoje não me convenceu", afirmou a relatora Marisa Serrano. Ela e Renato Casagrande avisaram que vão passar o final de semana analisando os termos do depoimento de Renan, que hoje receberão em forma de notas taquigráficas.
Incongruência
Apesar de a perícia apontar várias vezes que na defesa de Renan há uma série de alegações inconsistentes, o senador disse mais de uma vez que não há "ilegalidade ou irregularidade". "O laudo fala de incongruência, ou seja, desencontro de informações. Não há nada de quebra de decoro, estou absolutamente convencido de que vai prevalecer no plenário a isenção de senadores e senadoras", alegou.
Na contramão de Casagrande e Marisa, Almeida Lima disse que o depoimento só serviu para "ratificar a inocência de Renan". "A mim, confesso, ele já convenceu de sua inocência", alegou. Casagrande disse ter combinado com os outros relatores o esquema de trabalho dos próximos dias. "Combinamos que cada um fará sua avaliação no final de semana e, na terça-feira, vamos tentar fazer um só relatório", informou.
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