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Meio Ambiente
Quinta - 23 de Agosto de 2007 às 13:34

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O aquecimento global reduzirá em até 10% a colheita de cereais chinesa até 2030, quando o país terá 1,5 bilhão de habitantes, advertiu o principal órgão meteorológico chinês, citado hoje pelo "China Daily".

A queda obrigará o esgotado solo chinês - atingido pela desertificação e pelo crescimento urbano - a produzir cerca de cem milhões de toneladas extras de cereais para alimentar a população, disse Zheng Guoguang, diretor da Administração Estatal Meteorológica.

"O aquecimento global reduzirá o período de crescimento de alguns cereais, e suas sementes não terão tempo suficiente para amadurecer", explicou Zheng na região autônoma da Mongólia Interior (norte), uma das áreas mais afetadas pela desertificação.

Na China, que em 2004 se transformou em importador líquido de alimentos, somente 13% do solo é cultivável. O Governo disse que, em 2010, os cultivos não devem ocupar menos de 12 milhões de hectares.

No entanto, o limite está perto de ser atingido, segundo o "China Daily".

De acordo com Zheng, o aquecimento global também trará ao país "novos enxames de insetos", para os quais será mais fácil sobreviver no inverno, devido ao aumento das temperaturas. Como conseqüência, será necessário usar mais pesticidas.

O aumento da temperatura ainda acelerará a evaporação de água subterrânea em 7%, o que também afetará a produção de cereais.

Para enfrentar este quadro pessimista, especialistas ouvidos pelo jornal sugerem continuar realizando pesquisas em biotecnologia agrícola, área na qual a China vem realizando experimentos com arroz híbrido e transgênicos.





Fonte: EFE

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