Pedro Henry insiste na tese de que desconhecia esquema do "mensalão"
Pedro Henry foi praticamente poupado por todos os lados do PP supostamente envolvidos no esquema. Em sua defesa o primeiro-tesoureiro do PP, José Janene, por exemplo, atuou no sentido da inexistência do ato de ofício em contraprestação à suposta vantagem indevida, visto que em várias ocasiões votou em dissonância com o Governo. A acusação de lavagem de dinheiro também seria infundada, por serem conhecidas a origem e a destinação do dinheiro, ambas consideradas regulares pelo advogado.
Quanto ao delito de formação de quadrilha, a defesa de Janene considera que “cai por terra, por falta dos crimes a justificarem o enquadramento na tipificação legal, além de não ter sido demonstrado o liame subjetivo entre os agentes”.
Já Pedro Corrêa alegou que se a denúncia trata de um só crime, praticado por várias pessoas, haveria concurso de pessoas, sendo que, no caso em questão, haveria autores mediatos e um autor imediato, referindo-se a João Cláudio Genú. A defesa de Corrêa firma também que, na denúncia, o procurador-geral da República atribuiu-lhe responsabilidade objetiva, uma vez que teria sido acusado pelo simples fato de ser presidente do PP, à época dos fatos.
João Cláudio de Carvalho Genu, de sua parte, alegou que era apenas um mensageiro de seus superiores hierárquicos na Câmara dos Deputados. Quanto à imputação de formação de quadrilha, a defesa argumenta que não se encontra suficientemente descrito o vínculo subjetivo entre os supostos agentes do delito. Também seria infundada, igualmente, a acusação de corrupção passiva, pois a inicial não demonstraria que tenha sido ele o beneficiário das quantias sacadas. Por fim, sobre a acusação de lavagem de dinheiro, o denunciado alega que a denúncia não demonstra que este tinha conhecimento da origem ilegal das quantias sacadas.
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