Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Quinta - 23 de Agosto de 2007 às 10:34

    Imprimir


A Câmara Municipal de Rondonópolis teve as contas de 2006 aprovadas pelo Tribunal de Contas, mas terá que adotar medidas imediatas para corrigir irregularidades apontadas pelos auditores.

O presidente da Câmara, vereador Mohamad Khalil Zaher, recebeu a determinação de adequar o custeio da instituição às normas vigentes. Ocorre que a auditoria constatou a realização de despesas custeadas com recursos provenientes de fundos geridos diretamente pelos gabinetes dos vereadores.

O relator das contas do Município de Rondonópolis, conselheiro Ubiratan Spinelli, ressaltou que o TCE/MT já consolidou entendimento sobre o assunto, com base em doutrina e jurisprudências firmadas, considerando ilegal o custeio de despesas com material de consumo e serviços de terceiros, com verbas oriundas de fundos geridos pelos próprios vereadores.

Em seu voto, Spinelli determina a correção imediata dessa impropriedade, mas optou por não condenar o gestor a devolver recursos. Segundo o relator, a competência de realizar tais despesas, mediante processos de licitação, de fato é do gestor da Câmara. Entretanto, como não houve duplicidade de gastos, já que as aquisições foram feitas somente pelos gabinetes para o desempenho de atividades da Câmara o conselheiro julgou pertinente apenas determinar a correção da falha.

Segundo a auditoria, a Câmara de Rondonópolis cumpriu com os limites legais de gastos, porém, foram detectadas práticas administrativas contrárias às normas legais e constitucionais. É o caso da impropriedade detectada na lotação de servidores. Os auditores verificaram que do total de cargos existentes, apenas 46,15% estão lotados. Já o número de cargos comissionados está inteiramente ocupado.

Conforme o relatório é bastante desproporcional a relação entre servidores efetivos e comissionados. Os ocupantes de cargos de confiança representam 86,11% dos atuais funcionários da Câmara, enquanto os efetivos somam apenas 13,33% do total.

Acompanhando o voto do conselheiro relator, o Tribunal Pleno aplicou multa ao presidente, vereador Mohamad Khalil, no valor correspondente a 50 Unidades de Padrão Fiscal (UPF/MT). Cada UPF custa atualmente R$ 27,38.





Fonte: Assessoria/TCE

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/210270/visualizar/