Senado aprova renegociação das dívidas rurais
O texto enviado pelo Executivo ao Congresso previa apenas a criação do Fundo de Recebíveis do Agronegócio (FRA), num total de R$ 2,2 bilhões, o que permitiria a renegociação dos débitos privados com as empresas de insumos referentes às safras 2004/05 e 2005/06 com vencimento a partir de 1º de janeiro de 2005. Mas o Senado ampliou a lista de benefícios, que poderão totalizar R$ 9,2 bilhões.
A MP prevê a criação de um fundo de liquidez para garantir os empréstimos para pagamento dos débitos junto à iniciativa privada. O fundo será composto por 10% de recursos dos produtores, 20% das empresas de insumos, que farão sua contribuição por meio de abatimento no valor das dívidas, e 15% do governo, se for necessário.
Os 55% restantes serão aplicados por um investidor, identificado pelo Banco do Brasil, que será o agente responsável por organizar a operação. O fundo será corrigido pela taxa de TJLP mais 5% e as parcelas em quatro prestações, com vencimento anual no mês de maio.
Inicialmente, governo e produtores haviam concordado em usar recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), mas a idéia foi abortada quando as centrais sindicais reagiram duramente à proposta.
Além da renegociação das dívidas com as empresas de insumos, a MP permite a concessão de bônus para os produtores que quitarem as parcelas das dívidas de investimento que vencem em 2007. O bônus terá que ser regulamentado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), após a aprovação da MP.
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