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Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Quarta - 22 de Agosto de 2007 às 19:25

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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), comemorou hoje do plenário da Casa o laudo da perícia da Polícia Federal em seus documentos. Renan disse que o laudo sustenta todas as suas afirmações de que tinha recursos suficientes para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha --o que não o teria levado a recorrer à empreiteira Mendes Júnior para financiar as despesas com a jornalista.

"O laudo aponta que todos os documentos contábeis são autênticos, eu possuía recursos para fazer face às despesas, o gado das minhas fazendas foi vendido a preço de mercado e o dinheiro da venda foi depositado em minha conta bancária", disse Renan ao apresentar sua visão sobre o laudo da PF.

No processo a que responde no Conselho de Ética da Casa, Renan é acusado de ter usado dinheiro da empreiteira para pagar pensão a Mônica Veloso. O senador foi acusado de ter utilizado notas frias para justificar a venda de parte do seu rebanho em Alagoas. Renan alega que, com a venda das cabeças de gado, tinha recursos suficientes para pagar mensalmente R$ 12 mil a Mônica Veloso.

Apesar do otimismo de Renan em relação ao laudo, a perícia da PF não conseguiu comprovar os rendimentos do peemedebista com a venda de cabeças de gado em Alagoas entre os anos de 2003 e 2006. Segundo a perícia, os documentos apresentados por Renan também não foram suficientes para mostrar que ele tinha capacidade econômico-financeira para pagar pensão à jornalista.

Depoimento

Em um rápido pronunciamento, que durou pouco mais de um minuto, Renan comunicou ao plenário que vai amanhã prestar depoimento aos três relatores do processo no Conselho de Ética para apresentar sua versão sobre a perícia.

"Para ajudar nesse clima de cordialidade, estou me colocando à disposição dos três relatores do caso para amanhã, às 18h, prestar os esclarecimentos devidos", disse o senador.

Com o depoimento, os relatores Marisa Serrano (PSDB-MS), Almeida Lima (PMDB-SE) e Renato Casagrande (PSB-ES) prometem apresentar o relatório final sobre o caso no dia 30.

O processo que investiga a ligação de Renan com a empreiteira Mendes Júnior é o primeiro a que o senador responde no Conselho de Ética. No segundo processo, Renan é acusado de ter beneficiado a Schincariol junto ao INSS para reverter dívida de R$ 100 milhões da empresa depois que ela comprou uma fábrica de seu irmão, Olavo Calheiros (PMDB-AL), por preço acima do mercado.

A terceira representação contra Renan no conselho vai apurar se o senador usou laranjas na compra de um grupo de comunicação em Alagoas. Renan é acusado pelo usineiro João Lyra --que seria seu sócio oculto na negociação-- de investir R$ 1,3 milhão para comprar os veículos por meio de laranjas.




Fonte: Folha Online

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