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Domingo - 05 de Maio de 2013 às 12:02
Por: LISLAINE DOS ANJOS

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O impasse envolvendo a Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) e as famílias que precisarão deixar suas residências na região da Manga, em Várzea Grande, continua.

 
 
Famílias começaram a deixar suas residências na sexta-feira (3), para que a construtora Sanches-Tripolini avance com as obras de construção do Viaduto Dom Orlando Chaves, na Avenida da FEB, com vistas ao Mundial de 2014.

 
 
Os moradores reclamam de desamparo por parte do Governo do Estado, por não terem recebidos os valores devidos pela desapropriação dos imóveis ou por não terem para onde, ir depois que deixarem a região.
 
 
 
Moradores começaram a deixar suas casas, na tarde de sexta-feira (3) Em entrevista ao MidiaNews, o secretário Maurício Guimarães afirmou que 35 famílias do bairro da Manga precisarão deixar suas casas, segundo determina a liminar judicial. 

 
 
“Não é de uma hora para a outra. Nós estamos falando de desapropriações há mais de seis meses e já nos reunimos com essas famílias, na Secopa, há mais de 90 dias. Ali são 35 residências e devem ser mais de 35 famílias, porque há casas onde moram mais de uma família. Elas entregaram a documentação há algum tempo e agora, chegamos ao final do processo, ou seja, quando entregam a liminar pedindo a reintegração de posse. Mesmo assim, nós não vamos arrancar as pessoas de suas casas”, disse.

 
 
Guimarães negou, porém, que as famílias ficarão desamparadas devido ao processo de desapropriação. Segundo ele, a obra precisa avançar naquela região para ser concluída a tempo, mas tudo será feito com tranquilidade e respeito aos moradores, sem que as pessoas sejam “arrancadas” de suas casas.

 
 
“Evidente que a área precisa ser liberada, mas não dá para você promover o desenvolvimento à custa do sofrimento das pessoas. A obra tem necessidade de avançar, mas nós podemos fazer isso com respeito ao cidadão. Todas essas pessoas estão sendo assistidas. Nós temos um assistente social que acompanha todo esse processo de desapropriação, temos parceria com a Defensoria Pública, que oferece assistência jurídica a essas famílias. Então, essas pessoas podem ficar tranquilas”, assegurou.

 
 
De acordo com Guimarães, o valor total das desapropriações que serão feitas na região da Manga é de R$ 4,6 milhões, que já forma depositados em juízo.

 
 
“As pessoas precisam apenas acessar a Justiça e fazer o levantamento do recurso”, afirmou.

 
 
Segundo o secretário, apesar da liminar determinar a desocupação das casas em um prazo máximo de seis dias, o caso de cada família será analisado e tratado individualmente pela Secopa.

 
 
"Evidente que a área precisa ser liberada, mas não dá para você promover o desenvolvimento à custa do sofrimento das pessoas" “É evidente que nós não podemos estender muito esse prazo, mas vamos tratar cada caso com calma, para que as pessoas tenham tempo de ir para uma residência provisória ou definitiva”, disse.

 
 
A obra

 
 
Na região da Manga está sendo construída uma grande rotatória, que ficará localizada abaixo do viaduto Dom Orlando Chaves, que ligará as avenidas Miguel Sutil e Dom Orlando Chaves, passando por cima da Avenida da Feb, em Várzea Grande.

 
 
Com 153 metros de extensão, o viaduto da Dom Orlando Chaves está orçado em R$ 16,7 milhões e possui um atraso no cronograma de 90 dias.

 
 
Segundo o último relatório divulgado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), que leva em conta as medições realizadas em 31 de março deste ano, apenas 8,64% dos serviços da obra já foram executados. O previsto é de que a obra já tivesse com 32,5% dos trabalhos concluídos.

 
 
A obra inclui ainda a recuperação da via no entroncamento da Rodovia Mário Andreazza (MT-444) até a entrada do bairro Cristo Rei, um trecho que totaliza 2,9 km de extensão.

 
 
Inicialmente prevista para ser entregue em julho deste ano, a obra teve o cronograma reajustado para setembro próximo.
 
 
O viaduto foi a última obra de arte do pacote de Travessia Urbana a ser licitada pela Secopa.

 
 
Travessia Urbana


 
O pacote de Travessia Urbana é resultado de um convênio entre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Governo do Estado, na ordem de R$ 165 milhões.

 
 
O objetivo do acordo é construir obras que melhorem a capacidade e a segurança viária na Grande Cuiabá. As intervenções abrangem os trechos urbanos de três rodovias federais (BRs 364/163/070), que englobam as avenidas Miguel Sutil e Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá, e FEB, em Várzea Grande.

 
 
Nessa parceria estão inclusas ainda a construção de três trincheiras e um viaduto na Avenida Miguel Sutil e do Complexo Viário do Tijucal, composto por uma trincheira e um viaduto, na Avenida Fernando Corrêa.





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