Ministra acha um erro projeto criado por Jonas que tira MT da Amazônia
Pinheiro apresentou um projeto em fevereiro deste ano que prevê modificações radicais no Código Florestal para excluir áreas de Mato Grosso, Tocantins e Maranhão da Amazônia Legal.
Antes de Marina, correntes ambientalistas já tinham chiado contra a idéia do senador que, se aprovada, criaria uma lacuna favorável à derrubada da floresta amazônica.
Pelo plano de Pinheiro, seria possível, por exemplo, desmatar áreas maiores do que as permitidas hoje pelas regras ambientais para o plantio de lavouras ou criação de gado.
Marina Silva, quando questionada sobre o projeto do senador disse que “quase todos os Estados brasileiros gostariam de ter a Amazônia”.
Continuou a ministra: “A Amazônia é a mais bela e rica do planeta e o Estado que não se orgulha de ter pelo menos um pedacinho dela sai no prejuízo”.
Para sustentar seu projeto, Jonas Pinheiro afirma que 60% do território de Mato Grosso não integram ao bioma Amazônia. O parlamentar não cita de onde tirou esse percentual, mas o certo é que contraria dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Seguindo o Código Florestal Brasileiro, dos 906 mil quilômetros quadrados da área mato-grossense, 490 mil não poderiam ter mais de 20% do espaço desmatado. Ocorre que a regra é ignorada por agricultores, pecuaristas e madeireira. A intenção de Pinheiro não obedece 20% como limite para o desmate.
Prova disso foi dita na abertura do seminário sobre meio ambiente, nesta terça-feira, em Cuiabá. O governador Blairo Maggi (PR), disse que “uns 60 ou 70 mil hectares” de área de preservação no Estado são ocupados por lavouras de soja.
Detalhe: 70 mil hectares é o tamanho da área cultiva de maneira legal no município de Rondonópolis, tido como um dos pólos agrícolas mais importantes de Mato Grosso.
Em abril desse ano, logo após sua idéia ter sido aprovada pela Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado, Pinheiro disse à imprensa que o projeto era polêmico, mas que ia defendê-lo até o fim.
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