Maggi recomenda partidos à lançarem candidatos
O governador Blairo Maggi recomendou ontem que todos os partidos políticos lotados em Cuiabá lancem candidatos à prefeitura em 2008.
“Todos os partidos deveriam lançar candidato em Cuiabá. Partido precisa ter musculatura. Não pode ficar só fazendo favor. Tem que estar disputando eleição”, declara.
A análise chama a atenção ante o desempenho pouco confortável do candidato do Partido da República (PR), deputado Sérgio Ricardo, no desenho das pesquisas eleitorais. Pesquisa divulgada no início do mês expõe a permanência de Ricardo no terceiro lugar da disputa, polarizada entre o prefeito Wilson Santos (PSDB) e o deputado estadual Walter Rabello (PMDB).
No melhor dos cenários, o candidato do PR obteria hoje 14,8% dos votos dos eleitores cuiabanos. A julgar pelo teor das declarações de Maggi ontem, em reunião na Fiemt, a própria candidatura de Sérgio Ricardo ainda é uma incógnita. Embora defenda o aspirante publicamente, o chefe de Estado e presidente do partido afirma que apenas as candidaturas dos atuais prefeitos inclusos nos quadros do PR são garantidas hoje, o que equivale a 70 municípios.
Nos demais municípios, Maggi não descarta a costura de coligações com atuais aliados de governo. “Onde é possível compor vamos compor. Onde não for, vamos disputar. Não vamos fazer enfrentamento por fazer, por exemplo”. O líder do PR cita Rondonópolis como caso emblemático de colégio eleitoral onde não há margem para alinhavar entendimentos políticos.
Lá, o prefeito republicano Adilton Sachetti enfrentará nas urnas o deputado estadual Zé Carlos do Pátio, pelo PMDB, e talvez, como apontam novas conjecturas, o também parlamentar Percival Muniz (PPS), ex-prefeito da cidade. “Em Rondonópolis não há como não ter enfrentamento”, sentencia Maggi.
O governador ainda imprimiu a tônica de que a chamada pela busca da propalada ‘musculatura eleitoral’ não passa, taxativamente, pela vitória nas eleições. “Não dá para disputar só para ganhar também. Os partidos têm que disputar mesmo, levar a mensagem e dizer por que estão aí”, avalia o governador.
Em andanças pelo interior do Estado, o governador tem evitado fomentar ou antecipar as discussões sobre as eleições municipais do próximo ano.
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