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Politica Brasil
Segunda - 20 de Agosto de 2007 às 18:13

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BRASÍLIA - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou estar disposto a comparecer ao Conselho de Ética da Casa, onde correm processos em que é suspeito de quebra do decoro parlamentar. "Eu sempre me coloquei à disposição para ir ao Conselho. Nunca tive dúvidas da verdade", afirmou o senador.

Ele disse que não vai discutir "o que as pessoas acham" sobre quebra de decoro e insistiu na declaração de que é inocente das acusações que pesam contra ele, de pagar despesas pessoais com dinheiro do lobista de uma empreiteira, de favorecer a cervejaria Schincariol em órgãos de fiscalização do governo e de registrar em nome de "laranjas" duas emissoras de rádio.

A uma pergunta sobre a avaliação que faz a respeito do trabalho do Conselho, Renan disse não saber o calendário de atividades do colegiado. "Não sei. Mas, seja qual for, vou aproveitar para demonstrar a verdade que carrego comigo, que é do tamanho da inocência que trago todo dia para este Senado."

O senador disse que, no início, tinha pressa em falar a verdade, "mas havia quem falasse sobre isso e mal." Afirmou que, hoje, não tem mais pressa. "Só quero é que a verdade aflore, que o Brasil fique absolutamente convencido de quem é que tem razão. Não há essa coisa de meia verdade. Tem de ser a verdade inteira."

Sem relação com a CPMF

Renan disse também que o processo contra ele não tem relação com a necessidade do governo de aprovar a emenda constitucional que prorroga até 2011 a vigência da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

"A emenda da CPMF só deve chegar ao Senado no final de setembro ou início de outubro. Até lá, nós vamos ter outras agonias. Meu processo nada tem a ver com a CPMF, é uma decisão de meus pares. Eles vão decidir de acordo com suas consciências. Não vou cobrar apoio de ninguém, absolutamente de ninguém. Vou pedir que examinem fatos e provas e que decidam com a consciência", declarou Renan, em resposta a uma pergunta sobre o fato de o governo estar na dependência de apoios para aprovar a CPMF no Senado.

Um repórter lhe perguntou se enviaria outros documentos ao Conselho de Ética, em caso de necessidade para se defender. Renan respondeu: "Mandarei quantos forem necessários. Quem não tem documento é que fala, fica no discurso. Nunca estive menos ou mais tranqüilo. Tenho convicção da minha inocência".




Fonte: Estadão

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