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Politica Brasil
Sábado - 18 de Agosto de 2007 às 09:54

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O governador Blairo Maggi (PR) afirmou ontem que uma das soluções para os problemas questionados pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Sema (Secretaria de Estado de Meio Ambiente) seria devolver a gestão florestal, conduzida atualmente pela pasta, ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). A secretaria assumiu a responsabilidade pelo sistema de licenciamento ambiental em janeiro de 2006.

"Temos nossos problemas, que podem ser solucionados rapidamente com a devolução da gestão florestal ao Ibama. O Estado está trabalhando para mantê-la. Se não estão satisfeitos com o que está acontecendo, devolvo (as atribuições) sem nenhum problema. É um ônus financeiro e político muito grande termos assumido uma coisa que não é nossa, mas do governo federal, e que estamos fazendo para ajudar o setor madeireiro. Aceitamos as críticas até certo ponto", argumentou Maggi.

Em defesa do setor madeireiro, os membros da comissão, presidida pelo deputado estadual José Riva (PP), têm deixado evidente a intenção de provar que o desmatamento ilegal em Mato Grosso é promovido por agricultores e pecuaristas. "Desmatamento em áreas extensas vem sendo reduzido. O setor madeireiro pode não desmatar porque só vai retirar árvore, mas isso tem de ocorrer dentro da legalidade. De qualquer forma, o madeireiro também pode retirar madeira com ou sem desmate", observou Maggi, tido como um dos principais produtores individuais de soja do Estado e conhecido, por isso, como "rei da soja".

"Muitos madeireiros trabalham há muitos anos sem nenhum problema, outros não passam um mês sem problema porque gostam de rolo. Espero que a CPI possa separar inocentes de errados. Já disse que o tempo do 'jeitinho' passou, pois o mercado, a sociedade e o governo não aceitam", cobrou. Primeiro-secretário da Assembléia Legislativa, o deputado José Riva declarou diversas vezes nas últimas semanas que não ocorreriam fraudes sem a conivência de servidores públicos.

Desmatamentos – Na inauguração da nova planta ampliada da empresa Perdigão, em Nova Mutum (250 km de Cuiabá), Maggi lembrou as críticas que sofreu por conta dos desmatamentos. "Conseguimos frear isso e alcançamos investimentos voltados para a distribuição de renda. Poucos estados oferecem as nossas condições. Temos 60% das nossas áreas de riquezas naturais preservadas e 40% exploradas para a produção", disse.

De acordo com o governador, o desmatamento ilegal tem ocorrido principalmente em pequenas propriedades (assentamentos) na região noroeste, que abrange os municípios de Colniza e Aripuanã. "Temos dificuldades de impedir, embora nem possamos fazer isso, o fluxo migratório do pessoal de Rondônia para Mato Grosso. É uma confusão tremenda, grilagem de terras. Já pedimos até ajuda do Exército para controlarmos a situação lá", relatou.





Fonte: Olhar Direto

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