Conselheiro Novelli nega falhas e acusa retaliação

O conselheiro José Carlos Novelli negou ontem qualquer ato de improbidade administrativa no TCE. Alegou ainda que a ação popular protocolada pelos coordenadores do MCCE tem o objetivo de desviar a atenção porque interpelou Gilmar Brunetto, o Gauchinho, na 10ª Vara Criminal de Cuiabá, para se explicar sobre denúncia.

Por meio de assessoria, Novelli sustentou que Gauchinho fez acusações infundadas contra o Tribunal no início do ano e não tem como prová-las. Por isso teria pensado na ação popular. O presidente do TCE não compareceu pessoalmente à audiência de ontem com o Movimento, mas mandou advogados.

Sobre as denúncias, Novelli disse que responderá a cada uma delas quando for notificado pela Justiça. Disse ainda que as contas do Tribunal atendem à lei. Outro ponto questionado pelos membros do MCCE se refere ao valor da obra de ampliação na sede do TCE. Segundo o advogado Wilson Nery, teria sido acrescido de R$ 12 milhões para R$ 17 milhões sem qualquer explicações. "É por isso que queremos também todas as informações sobre os processos licitatórios, andamento da obra e aditamento de contratos", completou. Novelli assegura que a obra transcorre dentro da regularidade.

A briga entre MCCE e Tribunal de Contas não de agora. Os coordenadores do Movimento dizem que têm reclamado da aprovação de contas de prefeituras, câmaras municipais e até do governo quando são aprovadas ao mesmo tempo em que técnicos do TCE apontam falhas na aplicação dos recursos públicos.

José Carlos Novelli decide na semana que vem se ingressa ou não com uma ação de danos morais contra os coordenadores do MCCE. Sustenta que as acusações não têm fundamento.